Em entrevista ao apresentador José Eduardo na rádio Metrópole, o deputado federal e presidente estadual do Democratas na Bahia, Paulo Azi voltou a defender nesta quarta-feira (22) o nome do vice-prefeito, Bruno Reis como candidato natural à prefeitura de Salvador em 2020. Para Azi, Reis reúne “qualificação” e “capacidade de articulação política” para assumir o cargo.
Contudo, ele salientou que a consagração do atual titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) deve ser fruto de um processo “coletivo e partidário” liderado pelo atual prefeito, e Presidente do DEM, ACM Neto. “Bruno está qualificado e preparado para ser nosso candidato”, avaliou.
Durante o bate-papo, Azi também rechaçou os ataques do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, ao Presidente da Câmara, Rodrigo Maia. “É um absurdo. Todos nós que conhecemos Rodrigo Maia, sabemos que ele tem sido o fiador da reforma [da previdência], por acreditar na matéria”, opinou.
Ele acredita que um estilo de governar que denegri e colocando o povo contra o congresso, “tentando pauta-lo pelas redes sociais, é um erro”. “Se existem políticos que achacam o governo, essas pessoas precisam ser nominadas. Ele não pode generalizar”, afirmou.
Sobre as manifestações marcadas para o próximo dia 26 de maio (domingo), AZi argumenta que toda a manifestação é legítima, mas que não sabe se é correto que o governo incentive a manifestação. Ele argumenta que caso os atos sejam um fracasso, isso pode produzir consequências para o próprio governo. “Sinto até que o governo tem tentado se afastar dessas manifestações nas últimas horas”, avalia.
A pauta dos manifestantes vai da defesa da reforma da previdência e aprovação do pacote anticrime, até pedidos de fechamento do congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado defende que estes “ataques extremados” a representantes escolhidos pelo povo são provocam o desgaste e afastamento dos poderes. Para Azi, o país precisa de unidade, com respeito as divergências e criação de uma agenda convergência para os problemas do Brasil, uma vez que nenhum governante conseguiu até hoje governar sem o congresso.
O parlamentar ainda acrescentou que, apesar de possuir três membros do DEM ocupando ministérios – Casa Civil, Saúde e Agricultura –, a legenda não forma a base do governo. Isso acontece, segundo ele, em virtude de discordâncias, principalmente, na condução do executivo aos temas relacionados a educação, meio ambiente e relações exteriores.