domingo 22 de dezembro de 2024
O conselheiro gaúcho Cezar Miola - Foto: Divulgação
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terça-feira 4 de junho de 2024 às 15:45h

Conselheiro gaúcho escreve artigo sobre visita à Bahia

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“Quero voltar pra Bahia”

Cons. Cezar Miola*

Pela década de 1970, nos rincões do Interior do RS, pouco acesso tínhamos a manifestações culturais. No caso da música, o rádio de pilhas era um dos principais “facilitadores”.

Tempos de poucas emissoras, em AM e, não raro, sintonizadas com um som precário.

Naqueles idos, ainda criança, uma canção que gravei na memória falava da terra (para mim então distante) de Rui Barbosa e de Jorge Amado (cujos romances lia avidamente e, por suas páginas, “viajava” a povoados, mangues, dunas, costumes e encantamentos).

Na música, versos de um contexto que só fui entender mais tarde. Era Paulo Diniz, cantando a Bahia, a saudade da amada e o sol dourado do Brasil. Aliás, esse astro é tão inspirador na Boa Terra que inaugura o próprio hino baiano, verdadeira ode à liberdade e onde se diz que no antológico 2 de Julho até o sol é brasileiro.

Foi quando também, pela primeira vez, ouvi menção ao Pasquim, intuindo tratar-se de um periódico (“…via Intelsat eu mando notícias minhas…”), mas sem ideia sobre seu significado naqueles tempos bicudos.

Só pude ir à Bahia muitos anos depois, e os motivos para retornar sempre foram crescendo.

Há poucos dias (27-5), com as enchentes colocando diversos obstáculos para sair do meu querido Rio Grande, voltei, encontrando amigas e amigos dos TCs e outras pessoas muito caras.

Fui calorosamente recebido em Salvador (onde representei a Atricon), inclusive com incontáveis mensagens de solidariedade pela tragédia que se abate sobre os Pampas. Manifestações que vieram das conselheiras e dos conselheiros, de servidoras e de servidores, de líderes do controle externo (Abracom, Audicon, CNPTC e IRB), dos senadores Jacques Wagner e Otto Alencar, do ministro Rui Costa, do presidente do TCU, Bruno Dantas, e de tantos outros, presentes à belíssima solenidade promovida pelo TCM-BA.

Aqui, um breve recorte: é preciso mencionar que a representação baiana no Congresso Nacional, tal quais as de outros Estados, sempre se mostra atenciosa em relação às matérias defendidas pela Atricon. Apenas como exemplo, os recentes encontros que tive com os deputados Antônio Brito, Adolfo Viana e Mário Negromonte Júnior.

Marcus Presídio, presidente do TCE-BA e um dos agraciados com a Medalha Luís Eduardo Magalhães, reverenciou a memória do pai e do parlamentar que dá nome à comenda. Demonstrou infinita empatia em relação à gente gaúcha e, com a Alice, me abraçou afetuosamente. Igual consideração recebi dos outros dois homenageados, o senador Wagner e o ministro Dantas.

E o anfitrião, Francisco Netto, presidente do TCM-BA, com sua dedicada equipe, estendeu as mãos em acolhimento. O estimado Chico Netto (que é como o conhecemos) conduziu um evento memorável, marcando nossos corações através de palavras e atitudes amáveis, que nunca mais serão esquecidos.

Além de todos os encantos daquela terra, e da força do seu povo, é sobretudo por gestos assim que sempre quero voltar pra Bahia.

O conselheiro Cezar Miola, do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, é vice-presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.

O conselheiro gaúcho Cezar Miola e Francisco Netto, presidente do TCM-BA – Foto: Divulgação

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