domingo 22 de dezembro de 2024
O módulo lunar da Índia, Chandrayaan-3, fez um pouso histórico — Foto: Divulgação
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terça-feira 4 de junho de 2024 às 09:44h

Sonda chinesa decola com amostras do lado oculto da Lua

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Aeronave com amostras recolhidas do lado oculto da Lua, algo sem precedentes na exploração espacial, deverá chegar aos desertos da Mongólia Interior em cerca de três semanas. A China declarou que sua sonda lunar desfraldou a bandeira do país pela primeira vez no lado oculto da Lua, antes de parte do veículo decolar na manhã desta terça-feira (4), rumo à Terra, levando consigo amostras de rocha e solo.

O módulo com as amostras recolhidas do lado oculto da Lua, algo sem precedentes na exploração espacial, deverá retornar à Terra, nos desertos da região da Mongólia Interior, na China, por volta de 25 de junho.

O Ministério chinês do Exterior afirmou nas redes sociais que se trata de “um feito sem precedentes na história da exploração lunar humana”.

A sonda Chang’e-6 foi lançada no início de maio e seu módulo de pouso pousou no domingo passado na bacia Aitken, uma cratera de impacto no Polo Sul lunar criada há mais de 4 bilhões de anos, com 13 quilômetros de profundidade e um diâmetro de 2.500 quilômetros. É a maior e mais antiga dessas crateras na Lua, podendo portanto fornecer informações valiosas sobre o satélite natural da Terra, comunicou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

A pequena bandeira, que a agência disse ser feita de materiais especiais, surgiu num braço retrátil implantado na lateral do módulo e não foi colocada no solo lunar, de acordo com uma animação da missão divulgada pela agência.

O retorno das amostras lunares à Terra está sendo acompanhado por cientistas de todo o mundo, que esperam que o solo coletado pela Chang’e-6 possa ajudar a responder questões sobre as origens do sistema solar.

As missões para o lado oculto da Lua são mais difíceis porque elas não ficam de frente para a Terra, exigindo um satélite retransmissor para manter as comunicações. O terreno também é mais acidentado, com menos áreas planas para pousar.

A missão é a sexta do programa de exploração lunar Chang’e, que leva o nome de uma deusa lunar chinesa , e a segunda projetada para trazer amostras (a outra foi o Chang’e 5, que o fez do lado visível da Lua em 2020).

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