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quarta-feira 22 de maio de 2024 às 14:35h

Moraes relembra fala de Eduardo sobre STF e ironiza: ‘cabo, soldado e coronel estão presos’

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Em palestra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (22), o ministro Alexandre de Moraes ironizou a fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) feita em 2018 de que bastava um cabo e um soldado para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal).

Moraes defendeu, na palestra, a regulamentação das redes sociais e fez um paralelo a ascensão do que chamou de “populismo digital extremista” e os ataques às instituições.

“Esse novo populismo digital extremista, que se baseia nas redes sociais, não adota golpe à moda antiga”, disse o ministro. “Não precisa de tanque na rua e nem fechar o Congresso. Ela quer se comunicar direto com os extremistas do povo.”

“Todos se recordam que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal. O cabo, o soldado e o coronel estão todos presos, e o Supremo Tribunal Federal aberto, e funcionando”, ironizou.

“Mas se disse que bastariam um cabo e um soldado. Como não foi um cabo e um soldado, foram milhares de pessoas que destruíram o prédio do Supremo Tribunal Federal.”

A fala do ministro encerrou um seminário sobre inteligência artificial, democracia e eleições, que aconteceu no TSE. O tema debatido por Moraes foram os “Desafios para a democracia no século 21”.

Como já fez em discursos recentes, Moraes se manifestou a favor de que as empresas de tecnologia tenham a mesma responsabilidade “do mundo real”. Ou seja, de empresas que não atuam nessa área.

“[As big techs dizem que são] Meros repositórios, meros depósitos de livre manifestação das pessoas”, afirmou.

“Se são meros repositórios, porque direcionam [conteúdo], impulsionando determinadas notícias que dão mais proveitos econômicos?”, questionou o ministro.

“São empresas, que dentro do capitalismo querem lucrar, não tem problema nenhum, mas têm que ser regulamentadas.”

O seminário acontece às vésperas de Moraes deixar o TSE. Ele será sucedido na presidência da corte no início de junho pela ministra Cármen Lúcia.

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