Lançado em dezembro do ano passado, o programa “Celular Seguro” chegou a 50 mil bloqueios nesta semana, a partir de alertas de usuários.
O aplicativo criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) permite que vítimas de roubo ou furto bloqueiem o aparelho e seus aplicativos pouco tempo após o ocorrido.
O programa possibilita o bloqueio de dispositivos e aplicativos digitais às vítimas de furto, roubo ou perda, a partir do acionamento de um “botão de emergência”. O acionamento pode ser feito tanto pela vítima por meio do site quanto pelas pessoas de confiança indicadas no cadastro.
O programa é bem avaliado entre os brasileiros, aponta a última pesquisa Radar Febraban, realizada entre os dias 17 e 22 de abril pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE). O levantamento mostrou que 60% dos entrevistados já conhecem o “Celular Seguro”. Dentre eles, 71% avaliam a iniciativa positivamente.
A adesão, entretanto, ainda é tímida. Segundo o governo, o programa possui mais de 2 milhões de cidadãos registrados em todo o país. “Em abril deste ano, uma nova versão da ferramenta foi lançada, com melhorias que tornaram o processo de registro mais simples e as comunicações de furto, roubo ou perda mais efetivas”, disse, em nota, o ministério.
De acordo com a Anatel, o Brasil possui atualmente cerca de 215 milhões de celulares ativos.
Como se cadastrar
Quem quiser se cadastrar pode baixar o aplicativo “Celular Seguro” ou registrar os aparelhos no site celularseguro.mj.gov.br. Não há número limite de aparelhos para serem cadastrados, mas as linhas precisam estar vinculadas ao CPF do usuário.
O acesso é feito com o mesmo login do Gov.br, que reúne vários serviços ofertados pelo governo federal. O usuário precisa cadastrar seus próprios dados e as informações de uma ou mais pessoas de confiança na conta.
Depois que o alerta de bloqueio é feito, bancos, corretoras e financeiras têm de 10 a 30 minutos para barrar as operações naquele aparelho. Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve bloquear o aparelho por completo em até 24 horas. Caso o dispositivo seja recuperado, será possível reverter os bloqueios.