A Forbes divulgou a lista dos atletas mais bem pagos do mundo, e mais uma vez a diversidade ficou apenas nas modalidades. No ranking de 2024, a atleta feminina mais bem paga é a polonesa, sensação do tênis, Iga Świątek, que arrecadou cerca de US$ 23,9 milhões em ganhos totais, pouco mais da metade dos US$ 45,2 milhões necessários para se classificar entre os 50 melhores atletas gerais.
O limite para os 50 primeiros colocados deste ano, como no ano passado, é de US$ 45,2 milhões, um aumento de 20% em relação ao recorde anterior de 2022. Ainda assim, 10 estreantes se qualificaram para o ranking, enquanto outros oito retornaram à lista após uma ausência de um ano ou mais.
A NBA tem o maior número de jogadores na lista (19), enquanto a NFL tem 11 e o futebol vem em terceiro, com oito. A presença do LIV Golf ainda é sentida na lista por dois dos cinco jogadores de golfe do ranking, com Jon Rahm conquistando o segundo lugar.
O golfista espanhol é um dos 22 atletas com menos de 30 anos da lista, o que pode sinalizar uma troca de guarda. Os eternos criadores da lista Serena Williams, Roger Federer e Tom Brady já se aposentaram.
Serena Williams foi a única mulher entre os 50 atletas mais bem pagos do mundo no ano passado, mas agora está aposentada e não é mais elegível. Apenas três outras mulheres chegaram ao top 50 desde 2012.
De acordo com os dados divulgados pela Forbes, grande parte do problema decorre do fato de que os ganhos em campo, ou salários e prêmios em dinheiro, estão vinculados às receitas da liga. A receita de radiodifusão é um fluxo crucial, e a Deloitte projeta que os esportes de elite femininos gerarão coletivamente US$ 340 milhões dessa categoria em 2024.
A WNBA, por exemplo, atualmente arrecada cerca de US$ 60 milhões anualmente com direitos de mídia. Em comparação, a NBA ganha cerca de US$ 3 bilhões com seus acordos, uma marca que deverá dobrar após a próxima rodada de renegociações. Os salários da WNBA chegam a cerca de US$ 240.000, enquanto o mínimo para seus colegas do sexo masculino é de cerca de US$ 1 milhão.
Mesmo em um esporte como o tênis, onde os torneios do Grand Slam oferecem prêmios monetários iguais desde 2007, a disparidade de rendimentos persiste em torneios menores.
Uma quantidade crescente de dinheiro que flui para o esporte feminino já está mudando o cenário. A Deloitte estima que a receita total combinada do esporte profissional feminino atingirá 1,28 bilhões de dólares este ano, o que é pelo menos 300% superior à projeção da empresa há três anos. Já aumentando essas marcas estão os novos acordos de direitos de mídia que elevaram o valor médio anual da NWSL e do Torneio de Basquete Feminino da NCAA para mais de US$ 60 milhões cada.
Confira o 10 atletas mais bem pagos do mundo de 2024, segundo a Forbes:
- Cristiano Ronaldo (futebol): US$ 260 milhões (R$ 1,3 bilhão)
- Jon Rahm (golfe): US$ 218 milhões (R$ 1,1 bilhão)
- Lionel Messi (futebol): US$ 135 milhões (R$ 692 milhões)
- LeBron James (basquete): US$ 128,2 milhões (R$ 657 milhões)
- Giannis Antetokounmpo (basquete): US$ 111 milhões (R$ 569 milhões)
- Kylian Mbappé (futebol): US$ 110 milhões (R$ 564 milhões)
- Neymar (futebol): US$ 108 milhões (R$ 554 milhões)
- Karim Benzema (futebol): US$ 106 milhões (R$ 544 milhões)
- Stephen Curry (basquete): US$ 102 milhões (R$ 523 milhões)
- Lamar Jackson (futebol americano): US$ 100,5 milhões (R$ 515 milhões)