Robert Fico continua internado no hospital de Banska Bystrica, mas já não corre perigo de vida. O primeiro-ministro eslovaco foi baleado no abdómen e no braço, e teve de ser submetido a uma operação que durou várias horas.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, já não corre perigo de vida depois de ter sido baleado mais do que uma vez, na quarta-feira.
De acordo com o Tomas Taraba, vice-primeiro-ministro eslovaco, citado pelas agências internacionais, Fico deverá sobreviver “após a aparente tentativa de assassinato contra a sua vida”.
Também o ministro do Ambiente disse que o estado de Fico foi estabilizado durante a noite no hospital de Banska Bystrica, onde este se encontra. No entanto, assegura que as profundas divisões políticas que causaram este ataque permanecem no país.
O líder populista estava a participar num evento político na cidade de Handlova, no centro da Eslováquia, quando ocorreu o tiroteio.
Fico ficou ferido no abdómen e no braço
Depois de ser alvejado, Fico, que ficou ferido no abdómen e no braço, foi levado de urgência para o hospital e foi submetido a uma operação que demorou várias horas, segundo o ministro da Defesa da Eslováquia, citado pelas agências internacionais.
Os políticos da Eslováquia condenaram o ataque, mas apressaram-se a culpar-se mutuamente pela criação de um clima de violência.
Partido de Fico é acusado de desmantelar a democracia na Eslováquia
O partido do primeiro-ministro Robert Fico é acusado de desmantelar a democracia na Eslováquia, enquanto a oposição é acusada pelo mesmo de “vender” o país ao Ocidente. Até Zuzana Čaputová, a presidente cessante, afirmou que a retórica de ódio e a polarização têm de acabar na Eslováquia, de acordo com a imprensa internacional.
Fico, que é primeiro-ministro pela terceira vez, e o seu partido de esquerda Smer, ou A Direção – Social-Democracia, venceram as eleições parlamentares de 30 de setembro na Eslováquia, encenando um regresso político depois de terem feito campanha com uma mensagem pró-russa e anti-americana.
Os críticos temiam que a Eslováquia sob o comando de Fico abandonasse o rumo pró-ocidental do país e seguisse as pisadas da Hungria sob o comando do primeiro-ministro populista Viktor Orbán.