Após meses de polêmica, a direção nacional do União Brasil decidiu manter o ex-presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE), entre os quadros da legenda, dando sobrevida ao pernambucano à frente da primeira secretaria da Câmara dos Deputados, que cuida dos contratos do Legislativo. No mesmo encontro, ele foi destituído de forma definitiva do comando da sigla.
O relatório da senadora Dorinha Seabra (União Brasil-TO), que defendeu o afastamento de Bivar, mas votou contrário à possibilidade de expulsão, foi aprovado por 11 votos a 5.
No início do ano, Bivar se desentendeu com o advogado Antonio de Rueda, então vice-presidente do União, que se aliou ao grupo do antigo DEM para assumir o partido.
A substituição, contudo, causou troca de acusações e ameaças ao presidente eleito da sigla, que teve uma casa de praia queimada em meio a essa disputa – a autoria do suposto crime ainda é investigada.
Em seu parecer, Dorinha pontuou que não há provas que o incriminem pelos incêndios e nem pelas ameaças. Ela ponderou que a legenda pode voltar a deliberar sobre uma possível expulsão de Bivar, caso seja comprovado seu envolvimento nos crimes.
Nos bastidores, a decisão foi vista como uma forma de “dar uma saída honrosa” ao ex-dirigente do comando da sigla. Os mais críticos atribuem a permanência dele a um entendimento de que “não deveriam chutar cachorro morto”.