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quinta-feira 2 de maio de 2024 às 06:08h

Lula viaja nesta quinta ao Rio Grande do Sul. Defesa mobiliza 335 militares na região

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O presidente Lula da Silva (PT) vai ao Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (2) para dar apoio ao governo local no enfrentamento às consequências das fortes chuvas que castigam o estado. Até a noite desta quarta (1º/5), cerca de 4.500 pessoas estava desabrigadas ou desalojadas; 21 estavam desaparecidas e 10 morreram.

Lula deve se encontrar com o governador Eduardo Leite (PSDB) e visitar áreas atingidas na região de Santa Maria. Os ministros Renan Filho (Transportes), Waldez Goes (Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) acompanham o presidente. Lula falou ao telefone com Eduardo Leite à noite e assegurou que não faltarão esforços e recursos do Governo Federal. As Forças Armadas convocaram 335 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica para atuar na região no socorro às populações.

“Eu estou pensando em ir amanhã ao Rio Grande do Sul para que a gente possa ajudar de forma efetiva a diminuir o sofrimento desse povo”, disse o presidente ao governador. O telefonema foi divulgado nas redes sociais.

A Defesa Civil Nacional e técnicos do serviço e meteorologia trabalham com as previsões do clima nos próximos dias e procuram antecipar ações. Uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) foi mobilizada para atuar nos locais mais atingidos. No município de Santa Maria, a 290 quilômetros de Porto Alegre, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais, atua desde a noite da terça-feira (30/04), no resgate dos atingidos pelas enchentes.

Conforme a Defesa Civil, 104 municípios foram afetados, 1.431 pessoas estão desalojadas e 1.145 foram levadas para abrigos. A prioridade é o resgate de famílias ilhadas. Na conversa com Eduardo Leite, Lula disse que oito helicópteros das Forças Armadas estão prontos para apoiar ações de resgate, porém não conseguem decolar em razão do tempo no estado.

Sob a coordenação do Ministério da Defesa, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica estão empregando 335 militares no apoio à população gaúcha atingida pelas fortes chuvas. O trabalho das Forças Armadas, por meio da Operação Taquari II, começou na terça-feira e conta com 12 embarcações, cinco helicópteros e 43 viaturas e equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal. As ações ocorrem em apoio à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros.

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As atividades desempenhadas incluem o resgate de pessoas ilhadas, a distribuição de água, alimentos e donativos e o auxílio na recuperação da infraestrutura danificada. Os militares também atuam na montagem de barracas para triagem aos desabrigados e fornecimento de colchões. Até o momento, foram resgatadas sete pessoas que estavam ilhadas. O trabalho dos militares abrange os seguintes municípios:  Candelária, Eldorado do Sul, Lajeado, Montenegro, Nova Palma, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Tereza, São Gabriel, São Sebastião do Caí e Sinimbu.

Além das Forças Armadas, outros órgãos governamentais, como o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Defesa Civil Nacional e Estadual, estão envolvidas nas operações de assistência à população atingida pelas chuvas.

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Comando Conjunto

O Ministério da Defesa publicou, nesta quarta-feira, 1º de maio, a Portaria nº 2309/GM-MD, que regula o emprego temporário das Forças Armadas em atividades de apoio logístico às ações de Proteção e Defesa Civil. O documento promove a ativação do Comando Operacional Conjunto Taquari II para atuar nos municípios em situação de calamidade pública. O ministério também designou o General de Exército Hertz Pires do Nascimento para ser o comandante do Comando Conjunto.

Operação Taquari

A primeira fase da Operação Taquari ocorreu em 2023, no Rio Grande do Sul, em resposta às fortes chuvas na região. Militares das Forças Armadas foram mobilizados para atender os municípios afetados. As atividades incluíram busca e resgate, distribuição de suprimentos e reconstrução. A experiência prévia da Taquari I subsidiou a Taquari II, evidenciando a capacidade de resposta das Forças Armadas em situações de emergência.

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