Menos de dois meses após perder seu mandato por uma denúncia de compra de votos nas eleições de 2020, Paulo Renato Cortelini (MDB), mais conhecido como “Gambá”, foi eleito novamente neste domingo prefeito de São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul. Em março deste ano, ele foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico, mas não ficou inelegível.
No TSE, a inelegibilidade do prefeito foi afastada pelo entendimento de que as negociações teriam ocorrido entre o seu vice, Jeremias Izaguirre de Oliveira (PDT), e o presidente da Câmara, Vasco Henrique Asambuja de Carvalho (MDB). Contudo, o mandato foi perdido por integrar a chapa.
Neste contexto, neste domingo, ele venceu as eleições suplementares com 53,22% dos votos válidos. A vitória se deu contra apenas um outro candidato, Ademar Frescura (PP), que obteve 46,8%. O mandato dura até o final deste ano, após as eleições municipais de outubro quando a cidade passará por um novo pleito junto ao resto do país.
Segundo a denúncia que foi considerada procedente pela Justiça Eleitoral, Cortelini e seu vice negociaram a entrega de cestas básicas e outras vantagens como combustíveis por promessas de votos.
Além de cidadãos comuns, a dupla de políticos teria buscado empresários oferecendo vantagens e prometido manutenções no município, desde que fossem votados. Todas as acusações foram negadas pela defesa nos autos do processo.