Uma microexplosão atmosférica atingiu a cidade de Santa Cruz do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, na tarde deste último sábado (27). A reportagem é de Yuri Ferreira, da revista Fórum.
A combinação de tempestade com chuva de granizo e ventos fortes causou desespero nos moradores da pequena cidade. A prefeitura da cidade declarou situação de emergência. Cerca de 750 residências foram danificadas e mais de 3,8 mil pessoas foram atingidas.
Assista:
O município foi o mais afetado durante os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina neste fim de semana.
Assista (vídeo 2):
O extremo sul do país escapou da onda de calor que atinge Centro-Oeste e Sudeste, mas foi castigado com uma frente fria e tempestades. O Inmet havia previsto “rajadas de vento podem ser acima dos 70 km/h, com possibilidade de queda de granizo de forma isolada.”
A MetSul descreveu a situação com uma microexplosão atmosférica:
O que é microexplosão atmosférica?
Uma microexplosão atmosférica é um fenômeno meteorológico violento e de curta duração que ocorre em algumas tempestades severas. É caracterizada por uma descida súbita e intensa de ar frio e denso, que atinge o solo e se espalha horizontalmente em todas as direções. Esse influxo de ar frio cria ventos extremamente fortes, às vezes superiores a 100 km/h, em uma área relativamente pequena.
“Este tipo de fenômeno ocorre principalmente no verão porque é a época em que os dias são muito quentes e, sob a presença de umidade alta, formam-se nuvens de grande desenvolvimento vertical do tipo Cumulonimbus (Cb) que podem atingir até 15 a 20 quilômetros de altura e são capazes de gerar vento destrutivo”, explica artigo da Metsul.
As microexplosões atmosféricas são frequentemente associadas a tempestades convectivas intensas, como supercélulas, e podem causar danos significativos, semelhantes aos causados por tornados. Os ventos de microexplosão são capazes de derrubar árvores, danificar edifícios e causar interrupções na infraestrutura.