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A Refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia - Foto: Divulgação/Arquivo
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terça-feira 23 de abril de 2024 às 10:23h

Refinaria de Mataripe na Bahia reforça estoque após redução de produção

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A Refinaria de Mataripe, instalada em São Francisco do Conde, município da Região Metropolitana de Salvador, anunciou a compra de uma carga extra de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecida como gás de cozinha.

A medida foi adotada pela Refinaria após uma manutenção não-programada reduzir a capacidade produtiva do local pelo período de nove dias. O objetivo é reforçar os estoques.

Segundo nota da Acelen, empresa que administra a refinaria, a compra é uma das medidas adotadas para reduzir a possibilidade de impacto no fornecimento dos produtos ao mercado.

Ainda de acordo com a empresa, estão sendo utilizados o Centro de Manutenção Integrada (CMI) e Inteligência Artificial (IA) para “responder a esta ocorrência de maneira ágil e assertiva”. A Acelen garante que ela permite “diagnósticos mais precisos e seguros para atuação das equipes de manutenção”.

Sindicato se pronuncia sobre situação da Refinaria
O Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Estado (Sindipetro) da Bahia diz ter recebido uma denúncia de que unidades da Refinaria de Mataripe estão paradas ou apresentam falhas operacionais. Elas teriam sido provocadas por fortes chuvas. A informação não foi confirmada pela Acelen.

O Sindipetro diz ainda que, na tentativa de normalizar as operações, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas que impossibilitaram o retorno do craqueamento do petróleo.

Este é o prcoesso químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores.

O problema na U-39, segundo o documento emitido pela entidade, deixou o estoque de combustíveis em nível mínimo.

“Tanto que a Acelen teria chamado de volta um navio que acabara de ser carregado com GLP (gás de cozinha) para que devolvesse o produto. A preocupação é o impacto no abastecimento das distribuidoras, pois a previsão para a volta do craqueamento na U-39 seria de 10 dias, correndo risco de faltar os produtos no mercado baiano”, diz.

Por fim, o sindicato salientou que fez o alerta para a Acelen sobre demissões feitas pela empresa nos últimos meses. Conforme a categoria, uma sobrecarga de trabalho recaiu sobre os funcionários que permanecem na refinaria e um clima de apreensão tomou conta da empresa, por causa de ameaças de desligamentos. A companhia não se pronunciou sobre isso.

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