Organizado pela Associação de Criadores de Gado do Oeste (ACRIOESTE), a sexta edição do seu leilão de gado de corte acontece no próximo dia 31, a partir das 14h30, no espaço da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães. Durante o evento, do qual participam os criadores de gado do MATOPIBA (área de abrangência que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), está prevista a oferta de mais de 500 animais das raças Nelore e animais cruzados das raças Angus (Aberdeen e Red Angus), que possuem alto patrão genético.
A expectativa dos organizadores do leilão é que a marca de comercialização seja superada em relação a 2018, quando foram leiloados 515 animais entre raças Nelore e animais cruzados das raças Aberdee Angus e Red Angus, tendo contabilizado R$ 737 mil em negócios fechados. “Isso tudo é em função dos animais ofertados. Ano a ano, os criadores do Oeste da Bahia têm melhorado seus rebanhos, não ficando devendo em nada em questão de qualidade em relação a outras regiões tradicionais do país na produção de gado”, avalia o presidente da Associação de Criadores de Gado do Oeste, Mario Mascarenhas.
Ainda conforme Mascarenhas, o fato de o leilão estar inserido na maior feira agrícola do Norte e Nordeste brasileiro faz com que o evento se torne uma vitrine para quem vende e quem compra, além da qualidade dos lotes de animais comercializados. “É um momento de integração entre as cadeias produtivas do agronegócio regional”, completa. O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), Celestino Zanella, que também preside a Bahia Farm Show, endossa: “O leilão veio para agregar ainda mais valor e importância à feira. O crescimento dos volumes de negócios fechados a cada ano é a prova de a parceria entre pecuária e agricultura é forte dentro e fora de campo. Recentemente, criamos na AIBA a diretoria da Proteína Animal, a fim de estreitar ainda mais os laços, debater as demandas do setor e fomentar a integração lavoura/pecuária”.
De acordo com dados da ACRIOESTE, a região Oeste da Bahia possui um rebanho estimado em dois milhões de cabeças, com ênfase para o gado de corte. A raça predominante é a Nelore, e em menor escala, a Guzerá e o gado de leite. A criação de gado de corte em escala comercial ganhou força no final da década de 1920, quando a Companhia Sertaneja Agropastoril, pioneira no ramo, se instalou em Barreiras e iniciou as atividades de compra e venda.