O líder opositor Juan Guaidó disse no último sábado (11) que ordenou a Carlos Vecchio, nomeado pela Assembleia Nacional como embaixador nos EUA, para que discuta com o país a presença da guerrilha colombiana ELN (Exército de Libertação Nacional) em território venezuelano.
Vecchio deverá se reunir com o general americano Craig Faller, que lidera o Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, com a finalidade de “estabelecer relações de cooperação”.
As declarações de Guaidó surgem um dia depois do pedido do presidente colombiano, Iván Duque, para que o líder opositor colaborasse no sentido de permitir que os guerrilheiros do ELN fossem buscados e presos na Venezuela.
Guaidó fez esse pronunciamento em concentração na praça Alfredo Sadel, em Caracas, durante uma manifestação convocada para este sábado. Reforçou, porém, que por ora discute-se apenas cooperação.
“Sempre falamos de cooperação, pois a intervenção na Venezuela já existe e uma das provas é a penetração do ELN com a proteção do usurpador Nicolás Maduro”, disse.
Acrescentou que, ao conversar com Duque sobre o tema, este reafirmou que a Colômbia “não iria ter dúvidas em colaborar” para que a Venezuela “vença o flagelo do terrorismo”.
Sobre a intimidação e os ataques sofridos por deputados da Assembleia Nacional, Guaidó afirmou que “não é com pichações, prisão e gruas que irão deter a Assembleia. Não temos medo, este é um ponto de não retorno”.