As Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), conhecidas popularmente como drones, são uma realidade nas guerras e conflitos atuais. Por isso, o Exército tem investido nessa tecnologia e, nesta semana, concluiu a avaliação operacional do SARP Categoria 2, conduzida pelo Comando de Aviação e pelo 1º Batalhão de Aviação do Exército.
Com quase oito metros de envergadura, três de comprimento e podendo chegar a uma velocidade de até 100 quilômetros por hora, o SARP CAT 2 conta com autonomia para operar por até oito horas, de dia ou de noite. O equipamento já passou pela avaliação técnica e agora está sendo testado para a operação em atividades militares. “Nesta avaliação vamos colocar a aeronave em situação de reconhecimentos aéreos, de eixo, reconhecimentos de locais de possível esconderijos, entre outros, para cumprir as missões de inteligência, reconhecimentos, vigilância e aquisição de alvos”, explicou o Major Conrado Arruda, Comandante do Núcleo da Subunidade SARP do 1º BAvEx.
Ainda de acordo com o Major, ao final de todas as avaliações, o SARP e os helicópteros devem atuar juntos. “Com estas aeronaves não tripuladas temos possibilidade de exposição a um risco maior, a uma situação mais perigosa, e assim informar equipes de aeronaves tripuladas. Desta maneira, numa situação real, aeronaves tripuladas e não-tripuladas vão atuando em sinergia e complementando as ações umas das outras para conquistar o objetivo.”
Para poder operar este equipamento, os militares da Aviação passaram por treinamentos técnicos e teóricos. Além do SARP CAT 2, a Aviação do Exército já conta com os SARPs categorias 0 e 1, que apoiam a Força Terrestre em todo território nacional em operações de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras, minimizando os riscos e exposições de militares em combate, além de reduzir custos.
Para o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), General de Exército Achilles Furlan, esta é uma mudança de fase. “Depois de algumas décadas, estamos nos lançando em uma capacidade que todas as Forças Armadas do mundo precisam ter: o veículo aéreo não-tripulado. Ficamos contentes de ver a tecnologia nacional envolvida neste projeto e que os profissionais estão se capacitando”.
Em 2022, a Aviação do Exército deu início aos testes de operações com o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas, categorias 0 e 1, confira: