Mirando a otimização e o barateamento de processos, praticamente metade dos executivos, ou 48% deles, está avaliando o risco legal de implementar tecnologias de inteligência artificial (IA) em suas empresas, segundo estudo global da consultoria Russell Reynolds. Quase 60% dos 2,5 mil executivos entrevistados, também entusiasmados com o avanço tecnológico, estão avaliando a capacidade de suas equipes em incorporar a IA no dia a dia de trabalho. Outros 28% já trabalham na criação de funções específicas nas empresas para desenvolver soluções próprias de IA, com a nomeação, por exemplo, de um Diretor de Inteligência Artificial nas companhias.
Em tom pessimista, no entanto, 51% das lideranças empresariais apontam as mudanças tecnológicas como o terceiro maior risco para os negócios, ficando atrás apenas de incertezas econômicas e escassez de funcionários. Para Tatyana Freitas, diretora de tecnologia da Russell Reynolds no Brasil, a adoção da IA consiste numa transformação histórica com grandes consequências para as organizações. “Antes de fazer investimentos milionários em novas tecnologias, é preciso compreender a maturidade digital da empresa, avaliar as mudanças necessárias na cultura e estrutura organizacional e encontrar os talentos certos para conduzir a jornada”, diz. A pesquisa da Russell Reynolds foi conduzida em 46 países da África, Ásia, Américas, Europa, Oceania e Oriente Médio.