No âmbito das investigações sobre a fuga histórica registrada na Penitenciária de Mossoró, a facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV) quis passar segundo Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, do Na Mira, uma mensagem aos integrantes do grupo, sobretudo aos então fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
Ao fornecer apoio logístico, escolta, armas e dinheiro, os líderes destacaram que “quem está com eles não será abandonado”.
A fuga durou 51 dias e cessou nessa quinta-feira (4), durante uma ação da Polícia Federal (PF) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Marabá (PA).
Prisão
A localização dos dois fugitivos ocorreu na cidade de Marabá, no interior do Pará, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF.
A partir das ações de inteligência como estratégia de recaptura, as investigações da PF indicaram que a dupla havia conseguido chegar até a região metropolitana de Belém (PA) e tinha planos de deixar o país.
Na quinta (4), a PF verificou que um comboio com três veículos iniciou deslocamento pela estrada que vai de Belém a Marabá, levando os fugitivos. Diante dos fatos, os policiais federais abordaram os carros utilizados pelos indivíduos na ponte sobre o Rio Tocantins.
Além dos dois fugitivos, foram presas outras quatro pessoas, suspeitas de integrarem a rede de apoio dos criminosos. Também foi apreendido um fuzil calibre 5,56mm, além dos veículos e de celulares.
Os fugitivos foram conduzidos à delegacia de Polícia Federal em Marabá e transferidos na madrugada desta sexta (5) para a Penitenciária Federal de Mossoró. Os demais presos foram encaminhados ao sistema penitenciário do Pará.
As investigações da Polícia Federal seguem para apurar as circunstâncias da fuga e identificar todos os envolvidos na rede de apoio.