O Palácio Thomé de Souza, sede da atual prefeitura de Salvador, pode mudar para outro local. O projeto de construção de um centro de convenções no subsolo da estrutura pode promover a modificação.
A informação foi confirmada ao Aratu On pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), na última segunda-feira (1º). “Assim que concluirmos o projeto, que a gente tenha a equação fechada, anunciaremos a cidade. Pode ser que, nesse projeto, a prefeitura não possa permanecer”, afirmou.
Abaixo da sede da administração municipal, há três estruturas: o Centro de Cultura da Câmara de Vereadores, uma subestação da Coelba e um estacionamento para autoridades.
De acordo com o gestor, o objetivo é construir um centro de convenções com capacidade para quatro mil de pessoas, com a responsabilidade de ser “a redenção do Centro Histórico”.
Mudança da sede
A realocação da prefeitura não novidade. Em 2019, ainda na gestão de ACM Neto (União), Bruno Reis, então vice-prefeito, anunciou que a nova sede da gestão soteropolitana deveria ser inaugurada. Em 2020, com a pandemia, contudo, a discussão adormeceu.
A mudança seria promovida em função de uma decisão judicial movida com base no argumento de que o prédio foi construído sem autorização do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2019, ACM Neto chegou a indicar que a prefeitura seria instalada em dois casarões atrás da sede atual, que pertencem à Santa Casa da Bahia.
O Palácio Thomé de Souza foi inaugurado em 1986 na gestão de Mário Kertész. Anteriormente, a sede da prefeitura da capital era abrigada no Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas. A ideia inicial do projeto era para ser um prédio que abrigaria provisoriamente a prefeitura, por ser desmontável, segundo solicitação de Kertész ao Iphan, na qual argumentava que o destino da prefeitura seria um dos casarões abandonados do local.