O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou, nesta quarta-feira (27), que o governo não pode abrir mão dos R$ 5,6 bilhões das emendas de comissão vetados pelo presidente Lula da Silva (PT) conforme reportagem de Caetano Tonet e Julia Lindner, do jornal Valor, na promulgação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Mas o líder do governo no Congresso admitiu que há margem para negociar.
“Em relação à lei orçamentária, nós mantemos aquela posição da necessidade do veto dos R$ 5 bilhões. Estamos ouvindo as contrapropostas que têm em relação a isso. Para as contas do governo, nós não encontramos margem para abrir mão de R$ 5 bilhões, então estamos ouvindo as propostas todas, e a ideia é construir um denominador comum”, afirmou.
O líder, no entanto, não especificou as possibilidades de recomposição nos valores das emendas parlamentares que o governo estaria disposto a negociar.
“A arrecadação dá uma margem para dialogarmos. O próprio arcabouço fiscal pode possibilitar uma margem, não está sobre cogitação, não existe possibilidade, nem existe margem fiscal de abrir mão desses R$ 5 bilhões que foram vetados. Repito, podemos discutir, negociar, ajustar. Ver o que pode ter margem, espaço, dentro do arcabouço fiscal. Ainda não temos esse número”, argumentou o líder.