A Polícia Federal identificou movimentações suspeitas de familiares do deputado federal Chiquinho Brazão, à medida que a delação premiada do assassino confesso de Marielle Franco, o ex-policial militar Ronnie Lessa, avançava. O parlamentar foi preso neste último domingo (24) com seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, apontados pela Polícia Federal como os idealizadores do assassinato da vereadora.
Investigadores relataram à coluna de Bela Megale, que identificaram a viagem de familiares de Chiquinho Brazão, entre eles sua esposa, para os Estados Unidos, após a delação de Ronnie Lessa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para a PF, o movimento é um indício de que ele poderia planejar uma fuga.
A operação contra os mandantes do assassinato de Marielle Franco estava prevista para acontecer ao longo desta semana, mas foi adiantada para o domingo. Como informou o jornal O Globo, a ação foi motivada pelo risco de fuga e de vazamento de informações.
Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) responsável pelo caso, Alexandre de Moraes, autorizou as prisões preventivas de Chiquinho e Domingos Brazão.
A PF também identificou que Chiquinho Brazão tinha uma passagem para viajar do Rio para Brasília no domingo, quando foi preso. Procurada, a assessoria do parlamentar nã respondeu aos contatos da coluna.