O Conselho de Administração do FMI aprovou, na última quinta-feira (21), 880 milhões de dólares (4,4 bilhões de reais) para a Ucrânia, como parte de um pacote de ajuda anunciado em 22 de fevereiro, quase dois anos após o início da invasão russa.
A quantia corresponde à terceira parcela do plano de ajuda de 15,6 bilhões de dólares (78 bilhões de reais) aprovado em março passado.
Uma equipe do FMI conversou com funcionários da Ucrânia no mês passado e analisou as conquistas do país frente às metas definidas há um ano, quando a ajuda foi aprovada no contexto do Mecanismo de Crédito Ampliado (MEDC).
A equipe determinou que as autoridades ucranianas cumpriram os critérios de desempenho e quatro critérios estruturais. A partir desses dados, avaliou em 486 bilhões de dólares o montante necessário para a reconstrução do país.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, saudou a resiliência financeira da Ucrânia em 2023, mas alertou que “é provável que a recuperação do país desacelere” neste ano, devido a “atrasos no financiamento externo”.
Os Estados Unidos não enviam uma quantia considerável para Kiev desde dezembro de 2022, e a aprovação de novas ajudas é tema de negociações difíceis no Congresso.
O chefe da missão do FMI na Ucrânia, Gavin Gray, lembrou em videoconferência que o programa de apoio estimava que a guerra terminaria no fim de 2024. “Continuamos com esse cenário”, ressaltou.