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sexta-feira 22 de março de 2024 às 18:25h

Espanhola Iberdrola tem planos de investir R$ 23,3 bilhões no Brasil

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A espanhola Iberdrola, controladora da Neoenergia, anunciou na quinta-feira (21) um plano de investimentos de 36 bilhões de euros (R$ 194,7 bilhões) nos próximos três anos (2024-2026), dos quais 21,5 bilhões de euros (R$ 116 bilhões) serão aplicados em ativos de redes elétricas. Considerando 5 bilhões de euros (R$ 27 bilhões) de recursos de parceiros em renováveis, o plano de negócios total do grupo chega a 41 bilhões de euros (R$ 221,7 bilhões).

O Brasil receberá cerca de 12% do total previsto, ou 4,32 bilhões de euros (R$ 23,36 bilhões), totalmente destinados a ativos de transmissão e distribuição. O País aparece como quarto principal destino do grupo, atrás de Estados Unidos, Reino Unido e Península Ibérica.

O presidente executivo da Iberdrola, Ignacio Galán, disse que a estratégia do grupo está centrada “no fornecimento de uma rede melhorada para apoiar a segurança do abastecimento, o que representa agora 60% do nosso investimento total, bem como numa forte expansão da capacidade de energias renováveis, impulsionada pela substituição de tecnologias fósseis e pela procura adicional”.

Do total destinado ao Brasil, 3,15 bilhões de euros (R$ 17 bilhões) serão aplicados no segmento de distribuição, no qual a espanhola opera, por meio da Neoenergia, as distribuidoras na Bahia (Coelba), Pernambuco (Celpe), Rio Grande do Norte (Cosern) e São Paulo (Elektro).

Já o segmento de transmissão brasileiro receberá R$ 2,6 bilhões, ou 18% do total que a empresa planeja nessa atividade. A companhia cita empreendimentos no Brasil que somam 2,4 mil quilômetros de linhas e sete subestações que devem ser executados entre este ano e 2025.

Conforme apresentação feita aos investidores na Espanha, documento também arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a intenção da companhia, com os investimentos em Redes Elétricas, é chegar a 2026 com 54 bilhões de euros (R$ 292 bilhões) em ativos regulados, alta de 28,5% ante o anotado em 2023. Deste total, a previsão é que o Brasil responderá por 23%, se tornando a terceira principal geografia do grupo, apenas atrás de Estados Unidos e Reino Unido, à frente da Espanha.

“Os nossos pilares estratégicos assentam em redes, diversificação geográfica e um mix equilibrado de energia e clientes. Este plano permitirá à companhia aumentar a base de ativos, aumentar a rentabilidade e fortalecer as nossas finanças, assim como aumentar os dividendos e promover o emprego, as competências e o crescimento econômico”, afirmou Galán.

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