Acusado de ser beneficiado pela “Abin paralela”, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi à Justiça de acordo com Ramiro Brites, da Veja, contra o presidente Lula da Silva (PT) e o atual diretor-adjunto da agência de inteligência. O senador alega que o presidente não observou o princípio da impessoalidade ao nomear para o cargo Mauro Cepik, doador em campanhas do PT. O caso será julgado na 16ª Vara Federal Cível do Distrito Federal.
Nas eleições de 2022, Cepik doou 250 reais para o candidato petista ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto. As campanhas das deputadas estadual Laura Sito e federal Luiza Dulci, ambas do PT, receberam 500 reais cada do diretor-adjunto da Abin.
A denúncia também informa, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral, que Cepik doou para candidatos do PT e do PCdoB nos pleitos de 2018 e 2020.
“Assim, é possível inferir o seu notório alinhamento político e ideológico, o que sugere comprometimento indevido com candidatos e sectários políticos”, diz a ação do senador.
“Mais grave, se consideramos que existe a possibilidade real de que aconteça o dispensável aparelhamento da estrutura da Administração Pública – que não é de governo, mas de Estado”, argumenta Flávio Bolsonaro.