Prefeito de São Paulo decreta estado de emergência para dengue

A prefeitura de São Paulo decretou estado de emergência para epidemia de dengue na cidade. O decreto deve sair em edição extra do Diário Oficial do Município.

Em evento nesta segunda-feira do setor imobiliário, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que o decreto foi feito para “conscientizar” a população e especialmente agentes da vigilância sanitária que entraram em greve, na semana passada, por reajuste de salários. Entre 50% e 60% dos agentes vinculados à prefeitura teriam aderido à paralisação.

“Traz para a sociedade o caráter de importância, e mensagem para pessoas que estão em greve de que a cidade precisa delas”, disse.

Segundo Nunes, o estado de emergência deveria ser decretado ao atingir 300 pessoas infectadas por cada 100 mil habitantes, e São Paulo chegou à marca de 414 infectos por 100 mil habitantes na sexta-feira.

De acordo com o prefeito, a greve dos agentes não estaria influenciando a vistoria dos focos de reprodução do Aedes aegypti dentro das casas porque as visitas são, em maioria, feitas por agentes de saúde. Mas trabalhos administrativos seriam afetados. Ainda de acordo com Nunes, 80% dos focos da dengue estão dentro dos domicílios.

A nebulização de inseticidas é feita pelos agentes. Nunes afirmou que, mesmo com a greve, a prefeitura conseguiu remanejar carros e elevar de 30 para 96 os veículos que circulam pela cidade com esse trabalho.

O prefeito afirmou que a prefeitura deve enviar um novo ofício ao governo federal pedindo vacinas para a dengue, apesar de considerar que o platô da doença já deve ser atingido em abril na cidade. “Vamos mandar para alertá-los, poderíamos ter evitado muitas mortes, tem um peso de demonstrar que deram bobeira”, disse. Segundo ele, outros três já foram enviados, sem resposta.