Alvo de queixas permanentes do centrão, que tenta derrubá-lo para colocar um de seus quadros no cargo estratégico que hoje ocupa, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou a empresários de São Paulo segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que tem uma receita para lidar com os atritos e tensões do dia a dia da articulação política.
“Eu brinco dizendo que todo dia saio de casa e guardo o fígado na geladeira e o ego dentro do baú”, afirmou ele em almoço que reuniu, entre outros, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, o presidente do grupo LVMH para a América Latina, Davide Marcovitch, o CEO e fundador da Allos, Rafael Sales, Marcos Molina, do grupo Marfrig, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, os advogados Luiz Gustavo Bichara e Pierpaolo Bottini e a advogada Gabriela Araujo.
Padilha reforçou que o governo Lula perseguirá a meta de déficit fiscal zero em 2024 e disse que a primeira missão do presidente foi desintoxicar as relações políticas no país.
Ele afirma que recomendou a Lula, logo nos primeiros dias de seu terceiro mandato, que criasse um “verdadeiro programa de reabilitação das relações institucionais do país” para desfazer o “verdadeiro relacionamento tóxico” que a gestão de Jair Bolsonaro (PL) criou com as várias instituições.
“Quando eu falei isso para o presidente Lula, ele disse: ‘Você está inventando um programa de desintoxicação? De reabilitação física?’. Eu falava que era um pouco isso”, disse Padilha.