A ministra Margareth Menezes não descarta entrar para a política por completo, disputando cargos. Na entrevista à coluna, a ministra da Cultura disse em entrevista a Guilherme Amado, do Metrópoles, que não se vê longe da música, e celebrou a autorização da Comissão de Ética da Presidência para que ela possa conciliar a agenda de shows com o ministério.
“Eu gosto muito de fazer o que é a minha profissão, cantar. Eu gosto do ambiente. Mas eu acho que o futuro a Deus pertence. Eu não vou dizer nem que sim, nem que não [vou entrar para a política]. O que a gente não pode é fechar as portas, Mas o ambiente do show, o show business, essa é a coisa que me alimenta. Se eu puder continuar cantando, quem sabe?”, disse.
Na entrevista, Margareth também analisou a pouca representatividade de mulheres negras nos espaços de poder. Segundo ela, a despeito de ter só duas mulheres negras em todo o seu ministério e de não ter escolhido nenhuma mulher negra para cargos titulares de tribunais superiores, Lula tem feito “ações importantes”.
“O presidente Lula é uma pessoa que vem buscando também fazer ações importantes. Mas é uma construção que a gente tem que ter uma certa paciência, ir sensibilizando. Eu acho que ele também tem uma coisa muito bonita, ele se desculpa quando precisa. Ele não tem essa dureza toda. Também existe aí um pouco das estratégias de governo. Eu acho que essa contemplação começa a acontecer. É claro que ainda não é o suficiente. Queremos mais, porque é importante que o ambiente seja igualitário para todos”, afirmou.