Melhorar a função de auditoria e dos mecanismos de controle. Com esse propósito, servidores do TCE/BA, TCE/CE, TCM/BA participaram nesta semana de um importante curso.
O TCE/BA promoveu o curso “Gestão Financeira nos Projetos Financiados pelo Banco Mundial”, na última terça-feira (8), ministrado pela especialista em gerenciamento financeiro Susana Amaral.
Reconhecido pelo Banco Mundial como um dos principais fatores para a melhoria das condições econômicas de um país, o trabalho das entidades fiscalizadoras tem sido o fator primordial para o desenvolvimento da boa governança.
Em razão desse reconhecimento e como primeira ação do Plano de Capacitação, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), por intermédio da Escola de Contas Conselheiro José Borba Pedreira Lapa (ECPL) promoveu o curso.
De acordo com a representante do Banco Mundial, para consolidar um ambiente robusto de gestão, de boa governança e crescimento econômico, é necessário reconhecer os três pilares do gerenciamento financeiro: controle interno, controle externo e contabilidade. Durante o workshop presencial, a palestrante esclareceu que o objetivo fiduciário do Banco Mundial é garantir que os recursos do financiamento sejam aplicados somente para os propósitos aos quais estão dirigidos, observando os preceitos de economia e eficiência, fortalecendo os sistemas de gerenciamento financeiro do país.
“É importante assegurar a utilização das regras do Banco e a correta utilização dos recursos para os propósitos acordados, estabelecer arranjos financeiros, promover o fortalecimento da capacidade institucional e identificar os riscos associados. O trabalho dos Tribunais de Contas Estaduais e dos Tribunais de Contas dos Municípios tem se revelado essencial para o sucesso dos programas do banco”, afirmou.
Durante a abertura do evento, o conselheiro-corregedor, Inaldo da Paixão Santos Araújo, também salientou a importância do trabalho conjunto entre Banco Mundial e TCE/BA, observando: “Se o TCE avançou nos últimos 30 anos no processo auditorial, indubitavelmente o fez tendo como um dos grandes parceiros o Banco Mundial, instituição que sempre apoiou a Corte de Contas baiana enquanto auditora dos projetos estaduais financiados com recursos externos”, salientou.
Depois de discorrer sobre a preparação e a supervisão de oito áreas de atuação, Susana Amaral avaliou problemas comuns identificados quanto aos auditores, a exemplo de atrasos na entrega, mudança constante da equipe, falta de clareza, falta de razoabilidade e materialidade na análise de glosas, excesso de qualificações em vez de ressalvas, relatórios incompletos ou com amostras inapropriadas em relação ao risco associado, ausência de análise do relatório de auditoria e plano de ações para resolver os assuntos levantados, entre outros.
O auditor Henrique Pereira, da Sutec, ressaltou que, além de servir para reciclar, o curso aprofundou conhecimentos acerca do tema. “No âmbito institucional, o curso levou novas discussões, oxigenando e retomando a realização de auditorias dessa natureza. Muitos dos colegas ainda possuem dúvidas em relação às regras dos bancos, de como proceder com alguns atos da administração”, disse Henrique Pereira.