A menos de um ano das eleições, partidos e senadores já estão intensificando suas articulações para a disputa da presidência do Senado em 2025. O União Brasil, partido de Davi Alcolumbre (AP), busca abrir diálogo com a oposição, liderada pelo Partido Liberal (PL), para garantir o retorno de Alcolumbre ao comando da Casa.
O objetivo é persuadir a oposição a não apresentar um candidato próprio, como aconteceu na eleição de 2022, quando Rogério Marinho (PL-RN) saiu como candidato e surpreendeu ao conquistar 32 votos. Atualmente, as articulações incluem negociações sobre espaço na Mesa Diretora do Senado e a presidência de comissões.
A relação entre Alcolumbre e o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pode ser crucial. Na eleição anterior, Pacheco contou com o apoio de Alcolumbre, que agora busca reciprocidade. As tratativas envolvem também a possibilidade de integrantes do PL, partido de Jair Bolsonaro, ocuparem cargos importantes no Senado.
Apesar de ainda não haver definições sobre candidaturas, o nome de Alcolumbre é indicado como favorito desde 2023. O partido busca garantir apoio de legendas próximas, como PSD e MDB, para fortalecer a candidatura de Alcolumbre desde o início do processo eleitoral.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) já expressou o desejo de se candidatar para ser a primeira mulher a presidir a Casa. Já o MDB, como terceira bancada do Senado, hoje com 11 senadores, também avalia uma candidatura, apesar de integrantes da sigla dizerem que o tema ainda não tem definição interna.
As eleições para a presidência do Senado estão previstas para o início de 2025, marcando o término do mandato de Rodrigo Pacheco. Os mandatos na presidência do Senado e da Câmara são de dois anos e não podem ser prorrogados na mesma legislatura.