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sexta-feira 1 de março de 2024 às 14:03h

Oficiais do Exército: Alunos do CPOR aprendem virtudes militares durante internato

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A vida dos 175 novos alunos do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP) mudou bastante desde o dia 19 de fevereiro, com uma intensa rotina de preparação militar. Atualmente no período de internato, os jovens iniciaram uma jornada transformadora marcada pela abnegação e pelo compromisso com a Pátria. Em dezembro, eles serão declarados Aspirantes a Oficial da Reserva do Exército Brasileiro.

O comprometimento profissional da tropa, tendo como marcas a comunhão, a renúncia e a obediência, forjadas por meio da educação oferecida pelo Exército Brasileiro, já impressionava há mais de um século e segue sendo rotina na Instituição.

Foto: CPOR/SP

O jornalista português Guilherme Joaquim de Moniz Barreto (1863-1896), quando esteve no Brasil em 1893, logo após a proclamação da República, escreveu uma carta ao Rei de Portugal sobre o assunto:

“Senhor, umas casas existem no vosso reino, onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais. De manhã, a um toque de corneta se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta se deitam, obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da Vida. Teu nome é Sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmos são generosos, facilmente esplêndidos. A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de a celebrar. Quando eles passam juntos fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. A gente conhece-os por militares…”

No internato, os alunos do CPOR/SP acordam antes do amanhecer para cumprir um rigoroso calendário de atividades. Durante o dia, os militares participam de instruções práticas e teóricas, treinamento físico militar (TFM) para aprimorar o condicionamento físico, e cumprem missões definidas pelos instrutores. O descanso da tropa ocorre a partir das 22h, porém os alunos permanecem em sistema de revezamento na função de sentinela durante a madrugada.

Durante as duas primeiras semanas do curso, eles permanecem aquartelados, sem contato com os parentes, forjando sobretudo o espírito de corpo e a camaradagem. Os jovens dormem em alojamento e realizam todas as atividades juntos.

Para o Aluno Tiago Lima Galdino, o Exército já lhe proporcionou, em menos de 10 dias, experiências que levará para a vida. “O sentimento de corpo, que interiorizamos estando aqui, é muito forte. É você saber que o próximo é importante, que não devemos nos importar apenas conosco. Aqui é todo mundo junto”, concluiu.

O Aluno Leonel Pereira Ramos elencou pontos que ele considera desafiadores nos primeiros dias no Curso de Formação de Oficiais da Reserva. “O primeiro dos desafios é sair da rotina e, junto com isso, ter saudade da família. O segundo ponto é a superação de limites, sempre somos cobrados aqui. E o terceiro é a disciplina, compreender o que deve ser feito e não priorizar o que você quer fazer”, afirmou.

Apesar das privações e do desgaste físico imposto pelo internato, o Aluno Bruno Garuti avalia que a experiência é enriquecedora. “Aqui é uma escola, em que a gente aprende, até nos detalhes, sobre como ser melhor, como desempenhar melhor as tarefas. Também aprendemos a importância de ter um padrão, de todos desempenharem suas tarefas de maneira igual”, disse.

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