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Rachados, integrantes do União Brasil se reúnem a portas fechadas para decidir sobre eleição nesta 5ª — Foto: Reprodução
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quinta-feira 29 de fevereiro de 2024 às 15:29h

Rachados, integrantes do União Brasil se reúnem a portas fechadas para decidir sobre eleição nesta 5ª

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Em meio a uma escalada da crise que envolve a sucessão do União Brasil, membros do partido se reuniram mais cedo a portas fechadas para definir o novo presidente da sigla nesta quinta-feira (29).

O partido vive um racha na disputa entre o atual presidente, Luciano Bivar, e o vice-presidente, advogado Antônio Rueda.

Na quarta-feira, o presidente nacional do União Brasil recebeu a imprensa com um envelope escrito “denúncias”, mas, durante a entrevista, não apresentou provas do que teria contra o adversário. Ao seu lado estavam poucos aliados, o que reforça o cenário de isolamento no partido.

Bivar e Rueda encabeçam chapas adversárias para comandar a legenda, em votação marcada para hoje. O presidente do partido afirmou que os advogados da sigla estão analisando a formação das chapas para saber se a eleição seria realizada.

— As chapas ainda não foram examinadas em suas minúcias. Então, a gente não pode dizer ainda dessa situação, com relação a posicionamento do partido a respeito da legalidade das chapas — disse Bivar.

A convenção nacional da sigla ocorre na sede do partido em Brasília, no Brasil 21, prédio empresarial no centro da capital. Já pela manhã começou a circular nos grupos da sigla um aviso de cancelamento da eleição.

Às 9h da manhã, horário marcado para início do evento, o saguão de recepção do edifício estava lotado de filiados que viajaram de todo o país para eleger o novo presidente do partido. Os elevadores de acesso também estavam abarrotados de membros da sigla.

Na porta da sede, no 9º andar, estava pendurado um comunicado de cancelamento da convenção nacional. Apenas deputados federais, senadores, ministros e pessoas autorizadas pelo comando do partido têm a entrada autorizada. Ao lado, agentes da Polícia Federal observavam o movimento.

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), explicou na saída da convenção que a desconvocação da eleição foi derrubada por um recurso, que foi votado por membros do partido na parte da manhã.

— Havia uma decisão para que a reunião fosse cancelada, mas houve um recurso para que essa decisão fosse reformada. O recurso foi colocado em votação pela comissão instituidora do partido, foi dada razão ao recurso, e a decisão de cancelamento da decisão foi reformada — afirmou.

Na parte da manhã, os integrantes do União Brasil também votaram para escolher os presidentes do diretórios nacionais do partido. A eleição da executiva nacional do partido está marcada para acontecer às 16h.

Bivar falou na saída da sede e alegou que a eleição teria sido desconvocada por “vícios formais”.

— É um dever da direção do partido realmente sanar esses vícios para fazer a convenção. São vícios formais que o jurídico… é determinante dizer que são vícios formais —, o atual presidente do partido ainda disse que o resultado da eleição não efeito jurídico. Questionado se vai contestar o resultado do pleito, respondeu — Eu não, o partido tem um milhão de filiados. Qualquer um deles pode contestar.

Adversários públicos

Resultado da fusão do PSL com o DEM, o União vive guerras internas desde a sua fundação, mas sempre contou com a intermediação de ambos para conter os danos. Desta vez, a crise é entre Bivar e Rueda.

Com o favoritismo do atual vice da sigla para sucedê-lo, Bivar se diz traído e “apunhalado” pelo antigo amigo. Segundo o deputado, “a dor maior” é “ver o rosto” de quem enfia a faca, superando até mesmo o sofrimento da própria perfuração.

Embora não se falassem presencialmente há mais de um ano, segundo Bivar, até o início da semana ainda conversavam por telefone, quando houve a suposta ameaça de morte. O atual presidente pressionava para retirar o nome de Rueda do pleito.

— Era um relacionamento de pai para filho, de 40 anos, até mesmo de proteger e tudo — disse ontem Bivar.

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