O Partido Novo aprovou nesta última quinta-feira (22) a utilização do fundo eleitoral no pleito municipal de outubro, uma guinada para a legenda, que sempre recusou o recebimento de recursos públicos.
Ao mesmo tempo, o diretório nacional do partido estabeleceu alguns critérios para a utilização dos recursos. O primeiro é a distribuição proporcional aos estados com base no número de cidades, tamanho das chapas de candidatos e quantidade de eleitores.
Além disso, candidatos e diretórios que conseguirem mais doações privadas terão uma espécie de bônus do fundo, num modelo inspirado em eleições em alguns estados nos EUA.
Também haverá uma parcela extra para detentores de mandatos e líderes do partido que atraírem o maior número de contribuições financeiras.
“Diferente do outros partidos, colocamos critérios objetivos e claros para usar o fundo, em que um dos pontos vai ser o da meritocracia. Isso tira a discricionariedade do diretório nacional de alocar recursos onde bem entender”, diz o presidente da legenda, Eduardo Ribeiro.
No ano passado, o Novo decidiu aceitar os recursos oriundos do fundo partidário, mas naquele caso, apenas os rendimentos em aplicações financeiras, e não o dinheiro em si.
O partido ainda não sabe qual fatia terá do fundo eleitoral aprovado pelo Congresso, de R$ 4,9 bilhões.
Um dos principais argumentos usados pelo partido para o uso do recurso é ter condições de disputar eleições em igualdade de condições com outras legendas.