O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), disse na quarta-feira(21) que, “para reclamação de todos os lados”, o Palácio do Planalto não se envolveu nos bastidores políticos da criação e da composição da cúpula da CPI da Braskem.
“A única preocupação que o governo tem é que a empresa já foi abalroada, e o setor petroquímico é um setor importante para nós. Óbvio que a gente está tentando recuperar não a empresa, mas recuperar o ativo, e é óbvio que, quando se entra numa CPI, você sempre dificulta negociações”, declarou Wagner a jornalistas.
Nesta quinta, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), escolheu Rogério Carvalho (PT-SE) como relator, preterindo o autor do pedido de abertura do inquérito parlamentar, Renan Calheiros (MDB-AL).
Segundo Wagner, sua única restrição à designação do emedebista para a relatoria era sua proximidade com o objeto da investigação – a responsabilidade jurídica da Braskem no afundamento do solo de vários bairros de Maceió (AL) em decorrência de décadas de exploração de sal-gema no subsolo da cidade e de sua principal lagoa.
O senador petista também negou ter argumentado contra a criação da CPI em defesa de interesses da Novonor (ex-Odebrecht), controladora da Braskem que tem sede na Bahia.