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quarta-feira 21 de fevereiro de 2024 às 18:52h

Ministros de Relações Exteriores do G20 debatem reforma da governança global no Rio de Janeiro

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“O Brasil pode desempenhar um papel fundamental para a redução das tensões internacionais, assim como no avanço da agenda de desenvolvimento sustentável”, destacou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na abertura da primeira Reunião de Ministros de Relações Exteriores do G20, nesta quarta-feira (22). O chanceler convidou, ainda, as autoridades presentes para formar uma Aliança Global contra a fome e a pobreza no mundo. Este é o primeiro encontro em nível ministerial do grupo sob a presidência do Brasil e tem como foco discutir a reforma da governança global, redução das desigualdades e o desenvolvimento sustentável, em suas dimensões econômica, social e ambiental.

“Meu país gostaria de contar com o apoio de todos os membros, países convidados e organizações internacionais para que, na Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro, em novembro próximo, as vinte maiores economias do mundo possam anunciar uma contribuição efetiva para erradicar a fome no mundo”, disse.

Para o chanceler brasileiro, o G20 pode e deve desempenhar um papel fundamental para a redução das tensões internacionais, assim como no avanço da agenda de desenvolvimento sustentável. Segundo ele, o País está profundamente preocupado com a situação internacional atual em relação à paz e segurança. “O Brasil ocupa um lugar no mundo que nos permite discutir essas mesmas tensões internacionais em qualquer foro internacional. Nossas posições sobre os casos ora em discussão no G20, em particular a situação na Ucrânia e na Palestina, são bem conhecidas e foram apresentadas publicamente nos foros apropriados, como o Conselho de Segurança da ONU e a Assembleia Geral da ONU”, frisou.

Vieira também defendeu o fim das hegemonias. “O Brasil não aceita um mundo em que as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar. Uma parcela muito significativa do mundo fez uma opção pela paz e não aceita ser envolvida em conflitos impulsionados por nações estrangeiras. O Brasil rejeita a busca de hegemonias, antigas ou novas. Não é do nosso interesse viver em um mundo fraturado”.

A Reunião de Ministros de Relações Exteriores do G20 é o primeiro encontro em nível ministerial realizado pela presidência brasileira do grupo. Estão presentes representantes de todos os membros do G20 (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia).

Como presidente do G20, o Brasil tem o direito de convidar outros países e entidades para participar das reuniões durante o ano de 2024. Os convidados da presidência brasileira do G20 – que também estão representados na reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro – são: Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Singapura. E instituições, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD, também conhecido como “Banco Mundial”), a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Além de convidados para participar de todas as reuniões sob a presidência brasileira, há convidados especiais para a Reunião de Ministros das Relações Exteriores: Bolívia, Paraguai e Uruguai, bem como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Organização para o Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

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