Depois do período carnavalesco, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) retoma as atividades normais do Plenário Orlando Spínola, com os parlamentares discursando sobre a volta às aulas na rede estadual de ensino, o sucesso da folia e uma entrevista do presidente Lula no continente africano. Todos esses temas movimentaram o pequeno expediente, na sessão ordinária desta segunda-feira (19), conduzida pelo vice-presidente da Casa Legislativa, deputado Zé Raimundo Fontes (PT).
Olívia Santana (PCdoB) elogiou o Governo do Estado por apoiar o Carnaval da Bahia, realizado em 11 municípios, além de Salvador. A comunista agradeceu à Casa do Povo por aprovar a lei que proibiu o uso de pistola de água e aplaudiu o governador Jerônimo Rodrigues pela inauguração, em Feira de Santana, de mais uma escola em tempo integral, na abertura do ano letivo.
Alan Sanches (União Brasil) destacou os avanços da Festa de Momo na capital, parabenizando o prefeito Bruno Reis, a vice-prefeita Ana Paula, e também o governador Jerônimo. O líder da oposição mencionou a participação da administração estadual, em especial na área da segurança pública, e elogiou a convivência dos políticos que não buscam protagonismo individual.
Ivana Bastos (PSD) falou sobre visitas que fez em janeiro a 17 municípios de sua base eleitoral, e ressaltou a posse da desembargadora Cynthia Resende, nova presidente do Tribunal de Justiça da Bahia. A deputada reconheceu a força da Prefeitura de Salvador no Carnaval, mas salientou que o Governo do Estado “chegou chegando”, esperando idêntico sucesso no São João.
Samuel Junior (Republicanos) repercutiu a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que comparou as ações de Israel, contra os palestinos na Faixa de Gaza, ao Holocausto do povo judeu. Para o deputado, a opinião do chefe da nação, que se transformou em “persona non grata” para o governo de Israel, não representa o sentimento do povo brasileiro.
Robinho (União Brasil) falou sobre um incidente que ocorreu, no último dia 20 de janeiro, próximo a Potiraguá, na região de Itapetinga, envolvendo indígenas e produtores rurais do Movimento Invasão Zero na Bahia. O deputado defendeu a propriedade rural e revelou que a produção agrícola representa 25 % do PIB nacional, com uma receita total de 2,6 trilhões de reais em 2023.
Hilton Coelho (Psol) frisou a força da cultura popular e citou o trabalho dos vendedores ambulantes nos circuitos da folia, cada vez mais privatizados. O parlamentar voltou a denunciar a falta de respeito à legislação ambiental na Praia de Barra Grande, município de Maraú, e pediu que a Assembleia trate a questão em uma audiência pública.
Dr. Diego Castro (PL) considerou um “vexame internacional” a entrevista do presidente Lula sobre a Guerra de Israel contra os palestinos em Gaza. Apresentando manchetes de jornais que falam sobre o conflito, o deputado criticou o mandatário brasileiro pela comparação ao Holocausto nazista, garantindo que o atual governo federal apoia “as ditaduras da Venezuela e Nicarágua”.
Rosemberg Pinto (PT) assegurou que está havendo um genocídio na Faixa de Gaza, onde 30 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, já morreram por causa da luta religiosa. O líder da maioria na Casa se posicionou também sobre a invasão de uma fazenda na região de Itapetinga, anunciando a realização de um encontro, na Governadoria, entre produtores rurais e os indígenas, em busca de uma solução.
Fabíola Mansur (PSB) lamentou o desabamento do antigo Hotel Colombo, no município de Cachoeira, e mostrou preocupação com a construção de edifícios, “verdadeiros espigões” na área da Praia do Buracão, no Rio Vermelho. A socialista enalteceu o início do programa Vacina nas Escolas e saudou o retorno às aulas de estudantes, professores e funcionários da rede pública de ensino.
Tiago Correia (PSDB) repudiou a mensagem do presidente brasileiro a respeito do Holocausto, dizendo que foi uma “fala infeliz” em comparação ao crime contra a humanidade, cometido pelos nazistas de Hitler. A respeito das invasões de terras, o tucano defendeu que a Polícia Federal, a Polícia Civil e o Ministério Público façam investigações para manter a paz no campo na Bahia.