O presidente Lula da Silva (PT) condenou Israel pela guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ele está no Cairo e discutiu o assunto com o presidente egípcio.
O que aconteceu
Lula diz que não há explicação para o comportamento de Israel. “Está matando mulheres e crianças a pretexto de derrotar o Hamas, coisa vista em nenhuma guerra que eu tenha conhecimento”.
Ele diz que não haverá paz sem a criação do Estado palestino. Após o Egito, Lula viaja para a Etiópia, onde deve encontrar o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O petista também criticou o enfraquecimento da ONU e pediu mudanças. “A ONU não pode fazer nada a não ser pedir paz pela imprensa. É lamentável que as instituições unilaterais criadas para ajudar a resolver esses problemas não funcionem”.
Críticas à ONU também marcaram o discurso de Lula no Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes. O presidente defendeu a entrada da Palestina como membro pleno, assim como a presença de outros países, que hoje são “maiores e mais importantes” do que eram quando a organização foi criada.
Nações do continente africano e América Latina também merecem posição na ONU, defendeu Lula. “São os membros do conselho permanente da ONU os países que produzem armas, que vendem armas, e os países que ultimamente têm feito as guerras”, disse.
Lula agradeceu o “engajamento pessoal” do presidente egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, na repatriação de brasileiros de Gaza. Ele diz que o Egito é um ator essencial para o fim do conflito entre Israel e Hamas.
O Conselho de Segurança da ONU precisa de outros países participantes. É preciso acabar com o direito de veto dos países e é preciso que os membros sejam atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra.
O Brasil foi um dos países que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e chamamos de ato terrorista […] De qualquer ângulo, a violência contra palestinos em Gaza não encontra justificativa.