Um dos fundadores do Partido Novo e ex-candidato à presidência em 2018 pela legenda, João Amoêdo voltou a justificar seu voto em Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Em publicação no X (antigo Twitter), o empresário repercutiu as notícias envolvendo a operação da Polícia Federal para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado.
“Espero que para os brasileiros que de fato pensam no país e no futuro dos seus filhos, mas discordam totalmente do PT e de suas lideranças, tenha ficado claro, com os fatos divulgados ontem, que o voto em Lula no segundo turno das eleições de 2022 era absolutamente necessário”, escreveu Amoêdo. “Era a única forma de evitarmos um golpe que aconteceria com grande chance de sucesso em 2026. O resultado da reeleição de Bolsonaro seria um Supremo totalmente aparelhado, as Forças Armadas devidamente submetidas às suas vontades, onde a realidade seguiria sendo distorcida pela desinformação e a espionagem de adversários políticos chegaria a níveis ainda piores.”
Espero que para os brasileiros que de fato pensam no país e no futuro dos seus filhos, mas discordam totalmente do PT e de suas lideranças, tenha ficado claro, com os fatos divulgados ontem, que o voto em Lula no segundo turno das eleições de 2022 era absolutamente necessário.…
— João Amoêdo (@joaodamoedo) February 9, 2024
O empresário reforçou ainda que é preciso “punir com rigor todos os envolvidos, civis e militares”.
Ex-presidente do Novo, Amoêdo teve sua filiação suspensa pela legenda poucos dias após ter declarado apoio a Lula no segundo turno da eleição passada. Pouco depois, antes do encerramento do processo disciplinar, o empresário anunciou sua desfiliação do partido.
Após a saída, o político vem sendo um crítico recorrente do ex-partido. Recentemente, criticou a filiação de Deltan Dallagnol e o uso de verbas públicas do fundo partidário pela legenda.