Desde outubro passado, Marcelo Câmara, assessor de Jair Bolsonaro, está contratado pelo PL para atender ao ex-presidente com uma remuneração de R$ 18,5 mil. De outubro a dezembro, recebeu R$ 55 mil do partido.
Em janeiro de 2023, ao deixar o governo, Câmara passou a auxiliar o ex-presidente e recebia um salário de R$ 11 mil pagos pela Presidência — era um dos funcionários a que todo ex-presidente tem o direito de ter. Mas, em outubro passado, negociou sua contratação pelo PL.
A PF já investigava Câmara no esquema de extravio e venda de joias recebidas por Bolsonaro e o coronel havia sido alvo de busca e apreensão de documentos na Operação Venire em maio.
A prisão desta quinta-feira, no entanto, foi alvo no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura “organização criminosa que atuou na tentativa de golpe para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”.
A Operação também prendeu Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência de Bolsonaro, e fez buscas e apreensões nos endereços dos generais Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, o ex-ministro da Defesa Anderson Torres, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.