Adversários de Arthur Lira (PP-AL) identificam seus movimentos mais recentes de enfrentamento com o governo Lula como “coisa típica de quem está vivendo o último ano como presidente da Câmara e já vê a perda de poder se aproximando”, conforme revelou ao colunista Lauro Jardim, do O Globo, um ministro que despacha na Esplanada, mas que prefere o anonimato para “evitar comprar brigas desnecessárias”.
Essa avaliação se tornou corriqueira entre petistas (e mesmo para algumas lideranças do Centrão).
Os aliados de Lira, contudo, têm rebatido essa formulação.
Elencam uma série de votações nas quais Lira poderá ser fundamental para que projetos do governo sejam aprovados. Como a regulamentação da Reforma Tributária. E como as alterações na tributação da renda, que o governo terá que enviar à Câmara até 20 de março.
Diz um aliado de Lira:
— Quem precisa de quem?
No caso da tributação da renda, é uma bola dividida, mas se Lira não ajudar na aprovação da reforma tributária desagradará um aliado de peso, o mercado financeiro.