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segunda-feira 5 de fevereiro de 2024 às 06:04h

Cúpulas da Câmara e Senado pressionam presidente Lula

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Em busca de amenizar os descontentamentos dos parlamentares com os vetos ao Orçamento, o presidente Lula da Silva (PT) pode se reunir nesta semana com os presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o deputado Arthur Lira (PP-AL), para tentar destravar a agenda legislativa de interesse do Executivo. No entanto, outros assuntos devem ser colocados sobre a mesa, apurou Renan Truffi, Marcelo Ribeiro e Julia Lindner, do Valor, como o apoio de Lula aos projetos eleitorais de Pacheco e Lira em 2026 e as sucessões de ambos nas duas Casas.

Lira, por exemplo, procurou interlocutores do presidente na semana passada e indicou que deseja que a gestão petista se comprometa com apoio político tanto para seu sucessor no comando da Casa como para as eleições de 2026, quando ele irá disputar uma cadeira no Senado.

Segundo integrantes do governo, o movimento evidencia a tentativa do atual presidente da Câmara de garantir o quanto antes que o Executivo irá auxiliar seu candidato no pleito interno. Um dos mais cotados para substituir Lira, por enquanto, é o deputado federal pela Bahia, Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara e um dos expoentes do Centrão.

A outra demanda que teria sido apresentada pelo presidente da Câmara é o compromisso de que Lula irá subir em seu palanque nas eleições de 2026. Na disputa em questão, o deputado deverá tentar ficar com uma das duas vagas abertas no Senado para Alagoas.

Na conversa com os auxiliares de Lula, Lira pediu uma reunião com o presidente da República antes do feriado de carnaval, ou seja, nesta semana. É nessa conversa que ele deve formalizar uma proposta de acordo com o governo em relação às duas demandas, segundo relatos de integrantes do governo.

A proposta deve ser colocada na mesa num momento em que Lira indica, nos bastidores, que pode romper com a gestão petista, o que tem potencial para atrapalhar a votação das matérias de interesse do governo.

Lira quer apoio do governo para eleger seu sucessor e nas eleições de 2026

Na semana passada, nomes próximos ao presidente da Câmara fizeram chegar ao Palácio do Planalto, por exemplo, que ele não aceitaria mais dialogar com Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Instituições, justamente o titular da articulação política do governo.

A movimentação do presidente da Câmara acontece também poucos dias depois de Lula convidar o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), para acompanhá-lo nas agendas presidenciais em São Paulo. Pereira também está se posicionado como pré-candidato ao comando da Câmara.

Auxiliares de Lira negam os pedidos e dizem que o relato não “reflete” o que o presidente da Câmara teria conversado com integrantes do governo. Por outro lado, os mesmos auxiliares admitem que é “natural” que o presidente da República apoie sua eleição para o Senado porque o alagoano “tem contribuído” e “articulado” a favor do Executivo.

No Senado, o cenário é parecido. Aliados de Pacheco esperam que uma conversa entre ele e Lula ocorra ainda nesta segunda-feira (5), para alinhar a pauta legislativa e também agendas que miram as eleições municipais.

O encontro deve antecipar a ida de Lula a Minas Gerais, prevista para ocorrer nesta semana. Pessoas próximas a Pacheco afirmam que a discussão eleitoral é considerada imprescindível para o presidente do Senado, que quer disputar o governo do Estado em 2026. O assunto, dizem, precisa anteceder as conversas sobre a agenda prioritária para o governo no Legislativo. O Palácio do Planalto tenta assegurar o avanço das propostas da equipe econômica para a recomposição de receitas.

Desde o ano passado, Pacheco tem expectativa de que Lula visite Minas para reforçar o gesto de apoio a ele e seu grupo político. O Planalto planeja eventos no Estado no dia 8 de fevereiro. O senador pretende tratar com Lula de anúncios de obras em seu Estado e também uma proposta para equacionar a dívida pública de Minas.

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