Hércules realizou seu primeiro voou em 1954. Com mais de 2.500 unidades fabricadas, sua versatilidade fez com que fosse adotado por cerca de 63 exércitos ao redor do mundo. Para as Forças Armadas do Brasil, a história do Hércules começa em 1964
Dentre as muitas tradições da caserna, as solenidades de despedida são um destaque. Mas não são apenas despedidas de militares que vão para a reserva ou para outras organizações militares, as aeronaves também têm as suas despedidas.
Foi o que aconteceu na manhã do dia 30 de janeiro, na Brigada de Infantaria Pára-quedista: a tropa se despediu do avião C-130 Hércules. A cerimônia marcou o fim do convívio de uma geração de paraquedistas com 29 aeronaves Hércules operadas pela Força Aérea Brasileira. Durante o tempo em que foram empregadas, elas cumpriram diversas missões, como as operações Saci e Bumerangue, além de fazerem parte da formação de mais de 40 mil paraquedistas militares.
A despedida iniciou com uma formatura em homenagem ao tempo de serviço do avião, seguida da última decolagem do Hércules a serviço da Brigada de Infantaria Pára-quedista, com o salto de 64 militares.
Do C-130 Hércules para o KC-390 Millenium
Fabricada pela empresa americana Lockheed Aircraft Corporation, o desenvolvimento do Hércules remete ao protótipo YC-130, que voou pela primeira vez em 1954. Com mais de 2.500 unidades fabricadas, sua versatilidade fez com que fosse adotado por cerca de 63 exércitos ao redor do mundo. Para as Forças Armadas do Brasil, a história do Hércules começa em 1964 com a chegada das primeiras unidades na versão C-130E, em substituição ao Douglas C-47 Dakota e ao Fairchild C-82 Packet, que estiveram comissionadas no 1° Esquadrão do 1° Grupo de Transporte no Aeroporto do Galeão.
O C-130 Hércules, também chamado de “gigante” pelos paraquedistas. Agora, ele dá lugar ao KC-390 Millenium, fabricado pela Embraer, empresa que compõe a Base Industrial de Defesa. De fabricação nacional, o avião herda as melhores características de seu antecessor.