Após uma intensa renegociação de empréstimos com o presidente da Argentina, Javier Milei, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou, nesta quinta-feira (1º) a liberação de US$ 4,7 bilhões em recursos para o país. Com essa nova parcela, o valor total desembolsado para a Argentina pode chegar a mais de US$ 40 bilhões.
Em nota, o FMI afirma que os valores liberados tem como objetivo “apoiar os esforços políticos das novas autoridades para restaurar a estabilidade macroeconômica”, depois de diversos “desvios severos” nos últimos trimestres de 2023.
A instituição monetária classificou o plano de estabilização como “ambicioso” e destacou o foco em forte ancoragem fiscal junto a políticas para reduzir a inflação de modo sustentável, reconstruir reservas e resolver distorções que servem como impedimentos ao crescimento econômico argentino.
“As autoridades estão comprometidas em eliminar as restrições remanescentes que contribuam para distorção do mercado e multiplicar práticas cambiais no curto prazo”, escreveu a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, defendendo também o fortalecimento do BC da Argentina.
“A orientação da política monetária deve evoluir para apoiar a demanda monetária e a desinflação, enquanto a estrutura e as operações da política monetária serão ajustadas para fortalecer seu papel de ancoragem”, acrescentou.