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O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto - Foto: Evaristo Sá/AFP
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quarta-feira 24 de janeiro de 2024 às 06:02h

Após elogios a Lula, Valdemar reafirma escolha por Bolsonaro e critica a ‘Velha política’

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Comandante do PL, Valdemar Costa Neto voltou a usar as redes sociais para comentar a repercussão dos elogios feitos por ele ao presidente Lula da Silva (PT). Em entrevista concedida no fim do ano passado, que viralizou entre governistas e bolsonaristas, o dirigente partidário classificou o chefe do Executivo como uma “figura extremamente popular”, comparando-o ao antecessor Jair Bolsonaro (PL), que, segundo ele, não teria mesma característica. Desta vez, porém, Valdemar fez questão de frisar que Lula, embora “popular no passado”, “não chega aos pés do que o Bolsonaro representa”.

Na nova postagem, Valdemar também reafirmou que “o PL escolheu o presidente Bolsonaro”, em um movimento tratado como “irreversível”. “Mas o que me deixou muito feliz foi o presidente Bolsonaro ter me escolhido também, porque isso mudou a minha vida e a do PL”, afirma o presidente da legenda no vídeo. Na sequência, a gravação mostra Valdemar enumerando exemplos do que ele trata como “velha política”.

— A velha política já presenciou o Haddad (Fernando Haddad, hoje ministro da Economia) e o Maluf (Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo) juntos. O Roberto Freire (ex-deputado federal e ex-senador), comunista, se aliou a candidaturas de centro-direita. O José Alencar, um político mais liberal, se aliou ao Lula para contrapor o governo do FHC (Fernando Henrique Cardoso). Antes era assim — discorreu o dirigente.

Lula e Valdemar Costa Neto em 2001 — Foto: Ailton de Freitas

O acordo que levou José Alencar, morto em 2011, a ocupar a posição de vice na chapa de Lula em 2002, contudo, passou pelo próprio Valdemar. O empresário integrava as fileiras do mesmo PL que hoje abriga Bolsonaro, já presidido pelo cacique à época — após uma fusão com o Prona, o partido chegou a se chamar PR por pouco mais de uma década, mas acabou retomando o uso da antiga sigla em 2019.

A costura envolvendo Alencar, repetida quatro anos depois, representava uma tentativa de Lula acenar a eleitores mais conservadores. Voz ativa no governo durante os dois primeiros mandatos do atual presidente, de 2003 a 2010, Valdemar chegou a participar da indicação do Ministério dos Transportes, Anderson Adauto, entre outros momentos de protagonismo na gestão.

— Mas com o Bolsonaro tudo mudou. Por meio dele e do que ele representa, o conservadorismo ganhou espaço. O sentimento de amor pelo Brasil tomou conta das ruas, e o PL entendeu isso e se posicionou imediatamente para a direita, porque esses são nossos valores — pontuou Valdemar na postagem desta terça-feira.

Em 2018, Bolsonaro candidatou-se — e venceu — à Presidência pelo PSL, mas rompeu com a sigla por divergências internas. Após longa especulação, o então presidente acabou ingressando no PL em 2021, com vistas à disputa pela reeleição no ano seguinte, na qual acabou derrotado. No vídeo, Valdemar buscou diferenciar a entrada de Bolsonaro na legenda de acordos firmados no passado.

— Me criticaram porque eu disse que o atual mandatário era popular no passado, mas não chega aos pés do que o Bolsonaro representa. E se no passado os partidos se aliavam em busca de poder político, hoje nos aliamos em busca de propósito. E o meu propósito é defender os valores que o Bolsonaro despertou em todos nós — assegurou.

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