“O Brasil está liderando a transição energética global”, afirmou o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, ao defender , na quinta-feira (18), em Davos, na Suíça, uma transição energética justa e inclusiva com dois vetores fundamentais: a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico. O debate aconteceu durante um workshop “Líderes da Transição Energética”, com mais de 40 países, no Fórum Econômico Mundial.
De acordo com Silveira, para fazer uma transição energética da forma correta, é preciso discutir a sustentabilidade. “Precisamos proteger o planeta, salvaguardar a questão climática, que já é tão evidente pelas oscilações de temperatura que vivemos hoje”, pontuou.
Outro ponto levantado como tema da reunião é a questão do desenvolvimento econômico. “Precisamos desenvolver uma maneira que permita aos países em desenvolvimento, aos países do Sul Global, terem a oportunidade de se incluir na economia, já que as suas potencialidades naturais podem contribuir para uma transição energética mais célere”, ponderou Silveira.
Silveira lembrou que o Brasil continua reforçando ainda mais a transição energética contratando mais linhas de transmissão e ampliando a produção, como energias advindas de eólica, solar e biomassa. “São energias renováveis tão fundamentais à descarbonização”, afirmou.
O ministro Alexandre Silveira ressaltou ainda a oportunidade das potencialidades de descarbonizar a matriz de transporte de mobilidade através dos biocombustíveis brasileiro. “O presidente Lula, no seu primeiro mandato, reforçou a política do etanol. Graças a isso, hoje nós temos matéria prima abundante no Brasil para poder estabelecermos o mandato para o combustível sustentável de aviação, o diesel verde e outras fontes energéticas fundamentais”, enfatizou.
Participaram do workshop o ministro de Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep Singh Puri, o diretor presidente da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol e o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.