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A ministra da Gestão, Esther Dweck, Fernando Haddad, da Fazenda, e Arthur Lira, presidente da Câmara — Foto: Wilson Dias/Agência Brasil; Cristiano Mariz/Agência O Globo; Brenno Carvalho/Agência O Globo
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quarta-feira 17 de janeiro de 2024 às 12:48h

Reforma Administrativa: Proposta do governo prevê mudança na avaliação e fim do ponto

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O governo de Lula da Silva (PT) já discute um modelo próprio de Reforma Administrativa. A ideia segundo Renan Monteiro e Victoria Abel, do jornal O Globo, é evitar que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leve adiante o modelo proposto durante o governo Jair Bolsonaro (PL) em 2020.

A proposta defendida por Lira reduz a estabilidade de servidores, entre outros pontos dos quais o governo atual discorda. (Veja abaixo as sugestões do governo) Líderes do Congresso veem com ceticismo o andamento da pauta em razão das eleições municipais e da falta de empenho da União.

Para enfrentar esse debate, o governo se prepara para defender uma tese contra uma reforma voltada exclusivamente para o enxugamento da máquina pública. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, comandado por Esther Dweck, e a equipe de Haddad têm o entendimento de que a reestruturação da carreira tem como premissa central a melhora na prestação do serviço público.

Integrantes do Ministério da Fazenda afirmam concordar com uma Reforma Administrativa com tópicos como revisão do métodos de avaliação de servidores e progressões de carreira mais lentas, além de salários iniciais mais baixos. Mas avaliam que acabar apenas com a estabilidade do servidor, o principal enfoque da proposta em discussão na Câmara, não trará impacto direto no corte de despesas no médio prazo.

Ponto a ponto: Veja as propostas do governo

  • Troca do controle de ponto por produtividade: Pelo Programa de Gestão e Desempenho (PGD), o tradicional registro de ponto é substituído pelo acompanhamento das entregas e metas compatíveis dos funcionários. O governo quer aumentar a produtividade dos servidores.
  • Concurso Nacional Unificado para escolha de servidores: A unificação de concursos para realização em todo o Brasil busca descentralizar o acesso aos serviços públicos. Quem ficar no cadastro de reserva também poderá ser convocado para suprir eventual necessidade de contratação temporária.
  • Progressão mais lenta de carreiras e salários iniciais menores: Uma ideia em discussão é reduzir a velocidade na progressão das carreiras, já que hoje se chega ao topo em poucos anos. Além disso, os salários iniciais podem ficar menores. Há vagas com remuneração de mais de R$ 20 mil nos concursos deste ano.
  • Fim dos penduricalhos com supersalários: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende projeto que regulamenta o teto do funcionalismo. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados, em 2021, e retornou para o Senado, onde ainda aguarda uma definição.

 Metas para entregas

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