Os aumentos nos preços dos alimentos e os reajustes de mensalidades escolares pressionaram a inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de janeiro, informou nesta quarta-feira (17) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou de uma elevação 0,22% em dezembro para uma alta de 0,46% em janeiro.
Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Alimentação (de 0,40% em dezembro para 1,41% em janeiro), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,25% para 0,05%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,97% para 1,37%), Vestuário (de -0,30% para 0,59%), Transportes (de -0,19% para -0,11%) e Comunicação (de -0,29% para -0,17%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de 3,00% para 10,63%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -2,10% para -0,91%), cursos formais (de 0,00% para 2,74%), roupas (de -0,35% para 0,61%), gasolina (de -1,57% para -0,76%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,51% para -0,02%).
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Despesas Diversas (de 1,24% para 0,08%) e Habitação (de 0,37% para 0,09%). Os destaques foram os serviços bancários (de 2,34% para 0,09%) e aluguel residencial (de 0,98% para -0,57%).
Construção
As altas nos custos dos materiais de construção e da mão de obra pressionaram a inflação do setor dentro do IGP-10 de janeiro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma elevação de 0,01% em dezembro para uma alta de 0,39% em janeiro.
O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um recuo de 0,15% em dezembro para um aumento de 0,40% em janeiro. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,44% em janeiro, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,05% no mês.
Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de um aumento de 0,25% em dezembro para uma alta de 0,37% em janeiro.