Segundo submarino construído pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) – iniciativa que teve origem em acordo firmado com a França, em 2008, no segundo mandato de Lula -, o Humaitá será entregue nesta sexta (12).
A embarcação tem 72 metros de comprimento e capacidade de deslocamento de 1,8 mil toneladas e é a segunda dos quatro submersíveis comprados do estaleiro DCNS e financiados pelo banco BNP Paribas, ambos franceses, em 2008. O primeiro da classe entregue foi o submarino Riachuelo, em 2022.
A justificativa brasileira para, em parceria com a França, construir os quatro submarinos convencionais e comprar o casco do futuro submarino com propulsão nuclear é defender a soberania nacional.
A tecnologia escolhida pela Marinha é francesa, dos submarinos Scorpène, que usam motores diesel-elétricos. O processo de transferência de conhecimento é amplo. No navio atômico, último do pacote binacional contratado, a participação da engenharia do Naval Group está limitada às partes não nucleares.
Os submarinos convencionais têm uma capacidade operativa de até 80 dias no mar, podendo ficar submersos por até cinco dias, sem necessidade de vir à tona para influxo de ar aos motores a diesel, o que garante um grande raio de ação, podendo ir sem paradas, por exemplo, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.
O projeto original dos quatro modelos convencionais sofreu alterações em benefício do conforto dos 31 tripulantes regulares e da capacidade de alcance. A “Versão BR”, uma denominação informal, é cerca de 10 metros mais longa que a da especificação de catálogo.