Confiante no acerto inicial com o presidente Lula da Silva (PT), de que ficaria no comando do Ministério da Justiça só até esta sexta-feira (12), o ministro Flávio Dino embalou a mudança. E levou para casa, entre outros itens, os Santos – ele escreve assim, com inicial maiúscula – que ficavam no gabinete.
São mais de 20 imagens que Dino carrega para onde vai, como uma proteção, diz Valdo Cruz, comentarista de política e economia da GloboNews.
Na noite de quarta (12), quando Lula pediu que Flávio Dino permanecesse no ministério até o fim deste mês, assessores chegaram a recomendar que os Santos fossem trazidos de volta para o gabinete.
Em conversa com o blog do Valdo Cruz, o ministro afirmou que as imagens ficarão em sua casa até a posse no Supremo Tribunal Federal, marcada para 22 de fevereiro.
“Os Santos já estão todos de toga, esperando entrar em ação no STF”, brincou o ministro, católico e devoto de múltiplos santos da religião.
Ministério sem ‘número 2’
Para além do futuro dos Santos, Flávio Dino tem outro problema para resolver. Seu secretário-executivo na Justiça, Ricardo Cappelli, tirou 15 dias de férias e só volta a trabalhar no fim de janeiro, quando fará a transição para o sucessor a ser indicado pelo novo ministro, Ricardo Lewandowski.
Substituto direto de Cappelli, o secretário-executivo-adjunto Diego Galdino já foi exonerado no início da semana. Já tinha sido acertado que ele voltaria para o Maranhão, porque acabou de ser pai e quer acompanhar a mulher no estado.
Agora, há chances de que Galdino seja “convocado” para voltar a Brasília por mais duas semanas, para comandar o ministério durante o mês de fevereiro até que Lewandowski tome posse e indique seus secretários.