O período do Carnaval movimenta o turismo brasileiro, gerando emprego e renda em várias regiões do país e contribuindo, de forma importante, para o crescimento da economia nacional. Por isso, estimular a vinda de turistas é ação prioritária do Governo Federal. No entanto, é preciso que o visitante tenha responsabilidade com o meio ambiente e com a população local.
Por isso, os ministérios do Turismo e das Mulheres estão alinhando uma campanha de proteção à violência de gênero e de combate ao assédio e à importunação sexual durante o período carnavalesco. As medidas envolverão o trade turístico, principalmente os segmentos de hotéis, pousadas, bares, restaurantes e casas noturnas. Entre os pontos discutidos estão, por exemplo, a possibilidade de criação de uma cartilha para gestores de bares e restaurantes.
A reunião dos ministros do Turismo, Celso Sabino, e das Mulheres, Cida Gonçalves, contou com a presença do presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), Fabrício Amaral, e com representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Ambos garantiram apoio na proteção às mulheres.
“O Brasil é reconhecido como um país de grande hospitalidade, mas não podemos permitir que essa característica seja confundida com a liberdade ou disponibilidade que muitos turistas, infelizmente, ainda acreditam que as nossas brasileiras têm”, enfatizou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
As ações potencializam a iniciativa Brasil sem Misoginia para o Carnaval e contribuirão para o avanço da implementação do protocolo “Não É Não”, destinado a prevenir o constrangimento e a violência contra as mulheres em ambientes nos quais sejam vendidas bebidas alcoólicas, como casas noturnas, boates e casas de espetáculos musicais em locais fechados ou shows.
“É no Carnaval que muitas mulheres são vítimas de abuso e outras violências. Com essa campanha, queremos tornar o Carnaval e outras festas nacionais mais seguras para mulheres e meninas”, disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
No Brasil, 45% das mulheres já tiveram o corpo tocado sem consentimento em local público, segundo pesquisa do IPEC com o Instituto Patrícia Galvão de 2022.