domingo 22 de dezembro de 2024
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix - Metrópoles
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sábado 6 de janeiro de 2024 às 09:07h

As fotos reais da tragédia do Voo 571, onde os sobreviventes tiveram que comer os passageiros mortos

CURIOSIDADES, NOTÍCIAS


Indicado ao Globo de Ouro 2024 na categoria Melhor Filme Internacional e potencial concorrente ao Oscar, A Sociedade da Neve chegou ao catálogo da Netflix na última quinta-feira (4), conquistando o Top 1 de filmes mais vistos da plataforma. E não é à toa, conforme reportagem de Ranyelle Andrade, do portal Metrópoles: para além de uma história real inacreditável, o filme de Juan Antonio Bayona traz cenas de tirar o fôlego, capazes de transportar o público para o local onde os sobreviventes da queda do voo 571 passaram 72 dias aguardando por resgate.

O que os sobreviventes tiveram que fazer para se manterem vivos?

Logo no momento do impacto, 12 passageiros morreram e, nos dias seguintes, outras 17 pessoas faleceram devido aos sérios ferimentos do acidente, ao frio intenso da região (de cerca de -30ºC) e a falta de comida, como contou Roy Harley, um dos sobreviventes da tragédia, à revista National Geographic espanhola. “Se o inferno existe, eu o experimentei na Cordilheira dos Andes”, falou o sobrevivente.

A situação extrema que os 16 sobreviventes tiveram que lidar nos dias seguintes, sem saber quando (e se) seriam resgatados, dá os tons angustiantes dessa história. O frio extremo, o medo, a dor dos ferimentos, a desorientação, os cadáveres que se acumulavam dentro do avião tudo isso formava o cenário o qual quem estava vivo teve que conviver por mais de dois meses até o resgate.

O que manteve o grupo de 16 pessoas vivo foi a capacidade de organização deles, que precisaram aprender a coletar água na região e a fazer precários e insuficientes abrigos com o forro dos assentos, como conta o site do Museu Andes 1972, localizado em Montevidéu, criado em homenagem a esses sobreviventes.

Eles criaram uma espécie de sociedade organizada com normas para se manterem vivos em meio aquela situação. Só que a decisão mais complexa que eles tiveram que tomar para sobreviver foi em relação à falta de alimentos, pois estavam num pico nevado sem nenhum animal ou vegetação ao redor. Segundo o artigo da National Geographic da Espanha, eles até chegaram a comer pasta de dente e improvisar um chá com o tabaco dos cigarros, mas a fome crescia muito a cada dia sem serem resgatados.

O décimo dia após o acidente marcou o ponto de virada na vida desses 16 homens em uma situação tão delicada. Com apenas um objetivo em mente, o da sobrevivência, um deles sugeriu que a única opção viável que restava a eles era o canibalismo, como forma de obter a proteína de que precisavam da carne dos corpos de seus amigos e familiares mortos. E assim, mesmo com dilemas morais e religiosos, eles fizeram um pacto e foram se alimentando dos restos mortais das demais vítimas. O grupo sobreviveu por 72 dias, sendo todos resgatados somente em dezembro de 1972.

O trabalho das autoridades em busca de sobreviventes chegou a ser encerrado após alguns dias, por conta das condições extremas do local. O grupo soube disso por meio de um rádio e Fernando Parrado e Roberto Canessa decidiram então, caminhar pela montanha durante muitos dias em busca de algum vilarejo próximo. Foi aí que encontraram o cavaleiro Sérgio Catalan, que chamou por ajuda. Nos dias seguintes, um helicóptero apareceu para resgatá-los.

Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix - Metrópoles
Fernando Parrado e Roberto Canessa com o cavaleiro Sérgio Catalan- Foto: Reprodução

Atualmente no local dos destroços existe um memorial.

Veja as fotos reais:

Avião do voo 571 antes de decolar - Metrópoles
Avião do voo 571 antes de decolar – Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix - Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix – Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix - Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix – Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix - Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix – Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix - Metrópoles
Foto real dos sobreviventes do Voo 571 no momento em que são avistados pelo helicóptero de resgate, retratado em A Sociedade da Neve, da Netflix – Metrópoles
A primeira página de um jornal da época da queda do avião é destaque do Museo ...
A primeira página de um jornal da época da queda do avião é destaque do Museo Andes 1972, instituição dedicada ao acidente localizada em Montevidéo, no Uruguai.

Destroços do voo 571 - Metrópoles

Destroços atualmente do voo 571 – MetrópolesDestroços do voo 571 - Metrópoles

Destroços do voo 571 – Metrópoles

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