As contas do governo federal registraram déficit primário de R$ 114,6 bilhões de janeiro a novembro de 2023, informou nesta quarta-feira (27) a Secretaria do Tesouro Nacional.
O déficit primário acontece quando a arrecadação com tributos fica abaixo dos gastos do governo (sem considerar o pagamento de juros da dívida pública). Quando as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.
Ainda falta o resultado de dezembro para obter o valor final do déficit registrado em 2023, mas o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, estima que o rombo do ano deve ficar próximo a R$ 125 bilhões.
“Temos mais dezembro para fechar o ano, e a expectativa para dezembro é algo provavelmente ao redor de R$ 10 bilhões de déficit, o que deve levar acumulado para algo em torno de R$ 125 bilhões de déficit acumulado no ano, que deve manter ali algo em torno de 1,2% do PIB”, disse Ceron.
Apesar de abaixo da projeção do Orçamento — que prevê um rombo de R$ 228,1 bilhões — o valor ainda está acima da projeção feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em janeiro, de que o resultado negativo ficaria abaixo dos R$ 100 bilhões.
Para 2024, o governo continua buscando um déficit zero, ou seja, um equilíbrio entre receitas e despesas.